A dona de casa Rose Miranda deixou os afazeres domésticos pra ajudar no acampamento. “Eu já passei noites em claro lá em casa, vi o dia amanhecer, sentindo dor de cabeça, por causa do fedor do lixão", conta. O técnico agrícola José Roberto Barros destaca que o protesto é em benefício da comunidade. "Por causa desse lixão aí, vim representar muitos que não puderam vir e mostrar para a comunidade que a gente tem poder”, diz.
Acampamento em lixão, em Luís EDuardo Magalhães — Foto: Reprodução/TV Bahia
O prefeito Oziel Oliveira e a secretária de Meio Ambiente, Isabel de Paula, foram até o local pra conversar com os manifestantes. Segundo o prefeito, a área onde seria construído o aterro sanitário chegou a ser desapropriada, uma decisão judicial tomada a pedido de agricultores que plantam perto do local impediu o início das obras.“Com esse mandado judicial, e essa interpelação pelos agricultores naquela região, nós vamos ter que tomar outras decisões que possam resolver esse impasse”, afirmou o prefeito. Mesmo com a reunião entre prefeitura e moradores, não houve acordo e os manifestantes permaneceram no lixão. Por conta disso, outro problema foi criado: o lixo da cidade não tem onde ser jogado e a coleta está interrompida.
Na garagem da empresa responsável pela coleta de lixo, os caminhões estão parados, enquanto nas ruas o lixo acumula. É o caso do bairro Jardim das Acácias, o segundo maior da cidade. “Fica horrível. Fica imundo na frente da casa da gente, fica com cheiro horrível. Os cachorros rasgam o lixo também. Fica ruim”, diz a dona de casa Suzana Cristina Feitosa.
Fonte G1-BA
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