Segundo ela, dos sete crimes cometidos, um ocorreu em 2016; dois em 2017 e quatro este ano. O homem aborda as vítimas, utilizando um revólver, mesmo estando acompanhadas, e as levam para um lugar ermo.
Os alvos são selecionados pelo agressor a partir do comprimento dos cabelos, que são cortados, após o ato sexual, para serem comercializados.
“Ele aborda a vítima independente de ela estar acompanhada, procura um lugar de menos movimento, amarra o acompanhante e o deixa com o rosto virado para o chão. Sempre com o uso de arma de fogo, subtrai objetos, pratica o ato sexual e corta o cabelo da vítima”, relatou Maria Clécia Vasconcelos, em entrevista ao Acorda Cidade.
A delegada relatou que em um dos casos, irritado, o agressor enfiou o cabo de uma faca na vagina da mulher ao perceber que o cabelo dela era um alongamento. Conforme as investigações, ele sempre age a pé. No entanto, já abordou pessoas de motocicleta. Ela o classifica como uma pessoa extremamente violenta e cuja conduta revela uma patologia.
“Pelos relatos e pelo perfil que nós já traçamos, realmente precisa estar longe da sociedade. As investigações já estão adiantadas, e queríamos ter uma noção se há um maior número de vítimas, porque nesse mesmo período, além do número de vítimas, aumentou o registro de crimes contra o patrimônio, de vítimas que vão à delegacia especializada registrar. Nós pensamos que muitas dessas mulheres que registraram a ocorrência do roubo podem ter sido violentadas, mas não relataram, pois isso é uma característica própria da vítima de estupro. Precisamos incentivar essas mulheres a denunciarem mais”, salientou. A titular da Deam solicita que quem tiver informações que possam colaborar com as investigações pode fazer uma denúncia anônima através da central 190 ou do 75. 3602-9190. “A mulher tem o direito de ir e vir do jeito que quiser, e a prisão desse indivíduo é só uma questão de tempo”, reafirmou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade