A visita do Papa Francisco ao Brasil irá custar entre R$ 320 milhões e R$ 350 milhões, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo publicadas neste domingo. Conforme o jornal, os organizadores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) afirmaram que cerca de 70% da verba do evento (cerca de R$ 245 milhões) virá de contribuições dos peregrinos. A JMJ ocorre entre 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro. Conforme a publicação, o Ministério Público abriu inquéritos para analisar o papel da prefeitura e do governo do Rio nas despesas do evento. O valor inclui as despesas indiretas, que não geram desembolsos dos governos. Os organizadores afirmaram ainda que as contribuições variam entre R$ 106 e R$ 600, mas que outras fontes de recursos foram os produtos licenciados, que geram royalties, além de patrocínios e parcerias. Bradesco, Itaú, Santander, Ferrero, Estácio, Nestlé, McDonald's, TAM Viagens e Havas estão dentre os que investiram na JMJ. Segundo o jornal, até o momento foram arrecadados até agora apenas R$ 20 milhões entre patrocínios e eventos para levantar fundos.
domingo, 14 de julho de 2013
Meio médico, meio escravo
Durante anos dei aula para os calouros da Faculdade de Medicina da USP. Eram jovens que haviam escolhido uma profissão em que a derrota é certa. Ninguém consegue escapar da morte. Ingenuamente arrogantes e prepotentes, algo compreensível em quem sempre foi o melhor aluno, sobreviveu dois anos de cursinho, e se classificou entre os 300 melhores no vestibular mais competitivo, acreditavam que se tornando médicos curariam doenças letais, mitigariam o sofrimento, descobririam novos remédios e, lutando contra o único inimigo realmente invencível, ajudariam a humanidade. Durante os dois primeiros anos de curso, a maior dificuldade era mantê-los longe do hospital. Bastava surgir a oportunidade de participar em alguma atividade que envolvesse pacientes e a frequência nas minhas aulas de bioquímica minguava. Isso não era um problema, aqueles alunos aprendiam sozinhos.
Mas nos anos seguintes a realidade desabava sobre a cabeça dos alunos. O primeiro cadáver dissecado, cenas de sofrimento, a primeira morte observada de perto, a primeira parada cardíaca que não consegui reverter, um erro que só não foi fatal porque um supervisor estava atento. A primeira noite no pronto-socorro, uma lâmpada quebrada dentro da vagina de uma paciente. Na década de 80 ano, um aluno se suicidava todo ano. Hoje existe na Medicina da USP um serviço dedicado exclusivamente a ajudar os alunos a enfrentar a impotência e o convívio com o sofrimento e a morte.
Mas a realização do sonho também aparece, sofrimentos são amenizados, situações desesperadoras são revertidas. Aos poucos, os alunos percebem que a medicina moderna é poderosa, mas complexa. Com conhecimento teórico, muita prática e um trabalho coordenado de toda a equipe, o sonho pode se tornar realidade.
A arrogância do calouro que acreditava que se bastava, que o sucesso dependia somente de sua dedicação e esforço, desaparece. Ele aprende que o bom médico, sem recursos diagnósticos e equipamentos, sem leitos hospitalares, sem remédios, sem enfermeiros, sem fisioterapeutas, sem nutricionistas e sem um processo de gestão sofisticado e ágil, vai praticar uma medicina medíocre.
Doenças que poderiam ser curadas pioram, doenças controláveis progridem rapidamente e mortes que poderiam ser evitadas ocorrem frequentemente. Aprendem que o médico é somente uma peça importante do sistema de saúde. Esse aprendizado não é teórico, os alunos trabalham no caos semiorganizado do Hospital das Clínicas, fazem estágios em outros hospitais públicos e em centros de saúde. Ao terminar o curso, eles sabem que praticar a medicina sem suporte é tão difícil quanto jogar tênis sem raquete.
Para os recém-formados, a frustração mais difícil de tolerar é não praticar a medicina que aprenderam por falta de infraestrutura. Muitos, incapazes de suportar a impotência diante de pacientes que voltam piores por falta de remédio, frustrados diante de pacientes que não podem ser tratados por falta de resultados de diagnósticos, ou desesperados com a visão de filas infinitas, abandonam a prática médica. Outros, apesar de despreparados para tarefas administrativas, se tornam gestores na esperança de melhorar a infraestrutura pública. Vários preferem trabalhar em hospitais de elite, onde a infraestrutura é quase perfeita. Alguns desenvolvem uma casca mais grossa e aceitam fazer o que é possível, tolerando a frustração. E é claro que há os que se aproveitam da bagunça para fingir que trabalham e receber o salário no final do mês.
Não é de se espantar que nos últimos anos os serviços públicos não tenham conseguido atrair médicos para trabalhar nos postos de saúde e hospitais onde as condições de trabalho são piores. Os salários foram aumentados, mas a maioria dos médicos recusa um emprego fixo de R$ 10 mil em um local sem infraestrutura. O experimento não foi levado adiante, mas seria interessante saber o salário necessário para convencer os melhores alunos de nossas melhores universidades a venderem seus sonhos.
Melhorar as condições de trabalho é a solução óbvia. Mas isso exige que o governo assuma a culpa e deixe de empurrar o problema com a barriga. Mais fácil é culpar os jovens médicos, pouco patrióticos, que só pensam em dinheiro e se recusam a trabalhar em um sistema público de saúde bem organizado, eficiente, sem filas e tão bem avaliado pela população.
Diálogo no Planalto: "A solução é forçar os médicos a trabalhar onde queremos. Mas como é possível forçar alguém que possui um CRM e portanto o direito de praticar sua profissão em qualquer lugar do País? Fácil, basta criar um CRM provisório, que só permite ao recém-formado clinicar no local designado. Cumprida a missão, liberamos o CRM definitivo. Mas isso não é uma forma de coerção? Não se preocupe, o trabalho cívico fará parte formal do treinamento, basta aumentar o curso em dois anos. Boa ideia, quem escreve a medida provisória?"
No dia seguinte: "Um aluno com um CRM provisório é um médico de verdade? Pode tratar pacientes sem supervisão? Claro que sim, senão como ele vai trabalhar no local designado? Mas então ele não é um aluno, é um médico escravizado. Não, escravidão é inconstitucional, ele tem de ser também aluno, vai lá, escreve a MP, depois resolvemos esse detalhe. Sim, chefe, mas que tal incluirmos os médicos importados na MP? Basta dar a eles uma licença provisória para praticar a medicina no País, uma espécie de CRM provisório atrelado ao local de trabalho. Brilhante, vai, escreve a MP que o Diário Oficial fecha daqui a duas horas."
No terceiro dia eles descansaram. Haviam criado o meio médico, meio escravo. A pizza que esperam servir aos manifestantes. Se tudo der certo, agora vamos protestar na frente das Faculdades de Medicina e do CRM, os verdadeiros culpados pela crise na saúde pública.
Fernando Reinach - O Estado de S.Paulo
sábado, 13 de julho de 2013
Antônia Fontenelle pretende destinar cachê da Playboy para seca do sertão
Fonte: Bahia Noticias
Homem ateia fogo no próprio corpo na zona rural de Valente-Ba
Segundo informações de um sobrinho de “Vavado” de pré-nome Elenaldo, seu tio tentou, a princípio, tocar fogo na própria residência com ele dentro, o que foi evitado pelo sobrinho, que o retirou da casa e junto com os vizinhos apagaram o princípio de incêndio. Em seguida, “Vavado” pegou sua moto e saiu em direção ao povoado do Poço e poucos metros à frente, caiu. O sobrinho, em companhia de alguns amigos, correu de encontro a ele para socorrê-lo e ao se aproximar viram que o mesmo estava com uma garrafa pet nas mãos com gasolina dentro e gritava para que ninguém se aproximasse dele, senão ele iria atear fogo no próprio corpo. Assustados, os rapazes mantiveram certa distância e tentaram convencê-lo a desistir da ideia. De repente, “Vavado” montou na moto, derramou a gasolina na cabeça, arrancou o cachimbo da vela da moto, começou a bater no pedal para tentar fazer a moto ligar e aproximou sua mão da centelha gerada pela vela e imediatamente o fogo tomou conta do seu corpo.
Desesperados, os parentes e amigos tentaram apagar as chamas jogando areia enquanto ele se debatia rolando pelo chão. Em seguida, pediram ajuda ao vereador Romilson Cedraz, que mora próximo ao local onde ocorreu o fato. De imediato, o edil pegou sua caminhonete e conduziu “Vavado” que estava sendo amparado pelos amigos até o Hospital Municipal José Mota Araújo.
Na unidade médica, a equipe plantonista comandada pelo Dr. Antônio deu os primeiros socorros e após medicá-lo o encaminharam para o HGE (Hospital Geral do Estado) em Salvador, onde tem uma unidade que é referência no tratamento de queimados.
Segundo o médico plantonista, o paciente teve queimaduras de 1° e 2° graus em cerca de 80% do corpo e o seu estado é considerado grave.
Amigos de “Vavado” informaram a nossa equipe que ele e a esposa haviam se separado recentemente e que o mesmo não aceitava a separação e provavelmente tenha sido este o motivo dele tentar contra a própria vida, além do fato de ter feito uso de bebida alcóolica.Reportagem: André Franco/Notícias do Sisal
Foto ilustrativa
Site da TV Globo erra símbolo do Vitória e publica escudo que contém “VICE”

A emissora, em sua grade de programação na internet, para informar sobre o jogo que será transmitido no próximo domingo, entre Vitória e São Paulo, errou o símbolo do rubro-negro baiano e colocou o escudo com as letras “V.I.C.E”.
Depois do erro, vários internautas reclamaram e o site do canal consertou.
Fonte: Varela notícias
'Alien' morto assusta moradores na África do Sul
Fonte: PNF
Fotos: Facebook
Fotos: Facebook
Mairi: 50 toneladas de milho para ração animal
Na última quinta-feira, dia 11 de julho, a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Mairi em parceria com a Prefeitura Municipal, recebeu do armazém da CONAB, 50 toneladas de milho para ração animal, os mesmo estão sendo entregue aos produtores que fizeram seu cadastro.
O milho foi adquirido através da CONAB através programa Compra de Balcão, por um preço bem abaixo do mercado, vindo a beneficiar vários produtores que vem sofrendo com a estiagem que assola o nosso município. Em alguns dias estará chegando mais milhos.
Fonte: Blog Mairi News
Justiça Federal decreta indisponibilidade dos bens da BBOM
Ao analisar a documentação juntada pelo Ministério Público Federal, a juíza entendeu pela existência de robustos indícios de que o modelo de negócios operado pela empresa BBOM se trata, na verdade, de uma “pirâmide financeira”, prática proibida no Brasil e que configura crime contra a economia popular.
A decisão traça, primeiramente, as diferenças entre o modelo de negócios denominado “marketing multinível” ou “marketing de rede”, e o golpe conhecido por “pirâmide financeira”.
O “marketing multinível” se trata de modelo comercial sustentável, constituindo uma prática legal. De acordo com a decisão, trata-se de modelo de negócios em que o integrante da rede pode ter ganhos financeiros tanto em razão da venda de produtos ou serviços que realiza, como através de recrutamento de outros vendedores e, nesse caso, seu faturamento será proporcional à receita gerada pelas vendas dos integrantes de sua rede.
No marketing multinível, o faturamento é calculado sobre as vendas dos produtos. A venda do produto é, portanto, a base de sustentabilidade do negócio.
Já no esquema denominado “pirâmide financeira”, os participantes são remunerados somente pela indicação de outros indivíduos para o sistema, sem levar em consideração a real geração de vendas de produtos. Não há, nesse caso, sustentabilidade do negócio, pois se funda unicamente nos pagamentos realizados pelos associados. E, em dado momento, se torna matematicamente impossível atrair novos participantes para a rede, e os participantes mais novos acabam sendo lesados.
Após traçar essa diferenciação, a juíza ponderou que no sistema adotado pela BBOM os interessados associam-se mediante o pagamento de uma taxa de cadastro (R$ 60,00) e de um valor de adesão que varia dependendo do plano escolhido (bronze – R$ 600,00, prata- R$ 1800,00 ou ouro – R$ 3.000,00), obrigando-se a atrair novos associados e a pagar um taxa mensal obrigatória no valor de R$ 80,00 pelo prazo de 36 meses. Já os mecanismos de premiação ou bonificação prometidos pela BBOM aos associados, são calculados sobre as adesões de novos participantes que tenham sido indicados pelo associado. Quanto mais participantes o associado consegue trazer para a rede, maior é a premiação prometida.
Conforme identificado pela juíza, o pagamento dos participantes depende exclusivamente do recrutamento por ele feito de novos associados. A “sustentabilidade” do negócio não advém da renda gerada pela venda do produto supostamente objeto da franquia, que se trata um rastreador.
Nesse ponto, a decisão chama atenção para o fato de que, conforme esclarecimento feito pela ANATEL, o rastreador utilizado em veículos é uma estação de telecomunicações que necessita ser licenciada pela agência, e não foi concedida pela ANATEL autorização à empresa EMBRASYSTEM, conhecida por BBOM ou UNEPXMIL, para trabalhar com esse tipo de produto.
Por fim, a juíza afirma que a medida deferida visa resguardar os interesses dos novos associados ao sistema BBOM, que constituem a base da “pirâmide”, ou seja, a maior parte dos associados, pois no caso de “quebra” da empresa são essas pessoas que serão lesadas.
A indisponibilidade de bens requerida pelo Ministério Público Federal busca evitar a dilapidação do patrimônio da empresa, de modo a possibilitar futuro ressarcimento aos consumidores lesados.
Fonte: VR14
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