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sábado, 14 de dezembro de 2019

Após chacina, mais um motorista de aplicativo é achado morto na Bahia

O corpo de Wendell Carvalho Santos, 38 anos, foi encontrado na manhã deste sábado (14) na BR-324 com pelo menos três perfurações de tiro na cabeça. O corpo foi localizado policiais militares da base comunitária de São Caetano no Acesso Norte, sentido Salvador-Feira de Santana, nos fundos da estação do metrô do Retiro.

Segundo os agentes presentes no local, apesar de não terem encontrado nenhum carro próximo ao corpo, acredita-se que seja de um motorista de aplicativo porque Wendell tem 38 anos e a habilitação encontrada com ele foi tirada recentemente, em abril desse ano, com validade para 2020. Ou seja, esta seria a primeira habilitação de Wendell, ainda provisória. Segundo a polícia, pela idade da vítima dá a entender que ela tirou essa habilitação para trabalhar com aplicativo. A polícia investiga as circunstâncias do crime.

4 motoristas de app torturados e mortos

Os quatro motoristas de aplicativo achados mortos nesta sexta-feira (13) de manhã na Mata Escura foram torturados antes de serem executados. Os corpos foram achados depois que um quinto motorista conseguiu fugir e acionou a polícia. No barraco onde aconteceu o crime, na comunidade Paz e Vida, foi achado um gambá morto em cima de uma cama.
As vítimas foram identificadas como Alisson Silva Damascena dos Santos 27 anos, Sávio da Silva Dias, 23, Daniel Santos da Silva, 30, e Genivaldo da Silva Félix, 48. Segundo as primeiras informações, os motoristas foram atraídos para o local por chamadas feitas por duas travestis, que acabaram se provando uma emboscada. Ao chegar na comunidade, os motoristas eram rendidos por um trio ainda não identificado. “Ele escapou depois de conseguir se livrar de um dos assassinos e se jogar num matagal. Ele chegou a ser perseguido, mas não conseguiram pegá-lo”, diz um agente do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que estava na cena do crime hoje pela manhã.
Depois que o motorista fugiu, ele encontrou policiais do Batalhão de Guardas do Presídio da Mata Escura e contou que tinha sofrido um ataque. Afirmou ainda que seu carro havia sido abandonado na localidade. Policiais da 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Sussuarana) foram então até lá averiguar a denúncia. Lá, encontraram uma cena de crime maior do que esperavam – e mais macabra. Quatro corpos estavam em sacos. Além do carro do motorista que escapou, acharam outro veículo abandonado próximo. Um rastro de sangue levava para um barraco próximo. Um gambá estava morto em cima de uma cama nos fundos do imóvel. Várias poças de sangue estavam espalhadas no local. “Foi aqui que eles foram torturados e mortos”, afirma o perito médico Marcos Mousinho, do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
A polícia acredita que as vítimas foram mortas de maneira separada. “Eram quatro corpos enrolados em lonas e todos apresentavam golpes de facão. A informação que chegou à Polícia Civil é que todas as vítimas eram motoristas de aplicativo, que foram atraídos para o local, colocados em cativeiro por algumas horas, torturados, e executados separadamente”, explica Mousinho. A versão que corre entre os motoristas é de que o crime desta sexta-feira foi motivado por um ato de fúria de um traficante. A mãe do criminoso teria passado mal e não conseguiu socorro porque os motoristas de App cancelavam as corridas quando viam que o local de partida era dentro de Mata Escura. Depois e um tempo a mulher conseguiu socorro com um vizinho, mas o filho ficou possesso e teria dado ordem para que comparsas matassem os motoristas de App que entrassem no bairro. “Essa foi a versão que tivemos e parece ser verdadeira. A policia está investigando. Não posso comentar mais nada”, afirmou o presidente do sindicato que representa a categoria, Atila Santana. O DHPP não confirma ainda o que motivou o crime.
Fonte: Correio