O primeiro a ser morto foi Edvaldo Araújo Alves, de 40 anos, com quem Wane se relacionava há um ano. Na noite de 16 de abril de 2017, Edvaldo começou a passar mal na casa da namorada, por volta das 23h, e foi levado por ela de táxi para o Hospital de Base de Itabuna, onde morreu. Na época do crime, a morte foi atribuída a um infarto fulminante.
"A versão não convenceu a família da vítima que alegava ter conhecimento de que Edvaldo estava insatisfeito com o relacionamento com Wane e desejava rompê-lo, fato que também era de conhecimento dela”, explicou a delegada Magda Figueiredo, titular da DH Itabuna.
Poucos meses depois, Wane já estava num novo relacionamento com Evandro Bonfim de Souza, também de 40 anos. Ele passou mal após ingerir um medicamento dado pela namorada e também foi levado por ela a um hospital. Na unidade, o médico que o atendeu informou que os sintomas dele se assemelhavam aos de envenenamento por "chumbinho".
Nove dias depois de ser internado, com Brenda servindo de acompanhante durante todo esse tempo, Evandro deveria receber alta médica quando teve uma parada cardíaca. Ao ser submetido a uma lavagem estomacal, os médicos encontraram vestígios de uma substância semelhante ao veneno. Seu estado de saúde piorou e no dia 3 de dezembro do ano passado foi constatada sua morte cerebral.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circustâncias das mortes de Edvaldo e Evandro. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna recolheu amostras do corpo de Evandro e encaminhou para serem analisadas, em Salvador. Já a DH de Itabuna conseguiu autorização da Justiça para exumar o corpo de Edvaldo. A análise do DPT das amostras retiradas dos corpos das duas vítimas revelou que ambos foram mortos com a utilização do mesmo veneno.
Wane Brenda teve a prisão solicitada à Justiça e seu mandado de prisão preventiva cumprido, na tarde desta segunda-feira, no bairro Califórnia, em Itabuna. A criminosa será apresentada em audiência de custódia.
Fonte: EXTRA