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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Telexfree: Brumadense preso com milhões de dólares em colchão se declara culpado nos EUA


Cleber Rene Rizerio Rocha, brasileiro, natural de Brumado (Bahia), cuja a prisão levou as autoridades a descobrirem $17 milhões escondidos sob um colchão, se declarou culpado em uma audiência realizada no dia 11 de outubro em Massachusetts. Rocha enfrenta acusações de lavagem de dinheiro em um dos maiores esquemas de pirâmide financeira no mundo, a TelexFree. Os promotores alegam que Cleber tentou ajudar o, também brasileiro, Carlos Wanzeler (co-fundador da TelexFree), a recuperar milhões de dólares deixado para trás quando fugiu para o Brasil. Rocha, que enfrenta acusações de conspiração e lavagem de dinheiro, ficou detido sem direito a fiança desde a sua prisão, em janeiro. O advogado de defesa não quis comentar o assunto.

A prisão de Rocha é fruto de uma investigação sobre a TelexFree, uma empresa com sede em Marlborough (MA), que vendia serviços de telefonia VOIP e foi fundada pelo americano James Merrill e o brasileiro Carlos Wanzeler.

Os promotores afirmam que a TelexFree funcionava como um esquema de pirâmide financeira, e quase não lucrava com as vendas do sistema de telefonia, mas arrecadou milhões de dólares de milhares de pessoas que eram recrutadas sob a promessa de que ganhariam muito mais com o investimento. Em 2014 a empresa entrou em colapso, gerando mais de $3 bilhões em prejuízos para quase dois milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com os promotores. Merrill foi preso no mesmo ano e foi condenado em março deste ano a seis anos de prisão, depois de se declarar culpado pelas acusações de conspiração e fraude.

Wanzeler, entretanto, em 2014 fugiu para o Brasil, de onde não pode ser extraditado. Eles dizem no processo, ele deixou para trás dezenas de milhões de dólares que lavou das contas da TelexFree. Em meados de 2015, Leonardo Casula Francisco, seu sobrinho, pediu para uma pessoa que se tornou testemunha cooperante, para ajudar a transferir dinheiro escondido para fora dos Estados Unidos, relata a acusação. Com o acordo alguém seria enviado aos Estados Unidos para entregar o dinheiro em à testemunha, que o enviaria para contas em Hong Kong e depois seria transferido para o Brasil.

Em dezembro, Casula enviou Rocha aos Estados Unidos para entregar dinheiro à testemunha, disse uma acusação. Os promotores relataram que, após uma reunião em 4 de janeiro, em um estacionamento, Rocha deu a testemunha a quantia de $2,2 milhões, em uma mala. Agentes federais seguiram (Rocha) até um complexo de apartamentos em Westborough (MA), onde o prenderam. Depois que Rocha foi preso, ele ajudou os agentes a localizar, no apartamento, a quantia de $17 milhões escondidos sob um colchão. Ainda não ficou definida a data da próxima audiência e o fato de ele cooperar com a Justiça poderá atenuar a sua pena. 
As informações são do Brazilian Times