O delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior, que é coordenador da Polícia Civil da região, confirmou o registro da denúncia. Ele disse que na queixa foi relatado o furto de ao menos 25 cabeças de gado. “Chegaram com um caminhão e embarcaram o gado”, relata. A polícia trabalha com duas hipóteses. A primeira é de que o caso tenha relação com invasão da fazenda em Potiraguá. A segunda é de que tenha a ver com suspeitos que assaltam fazendas da região. O caso está sendo investigado.
Ocupação em Potiraguá
O advogado Franklin Ferraz contou que a Justiça converteu, nesta sexta-feira (29), o pedido de reintegração de posse da fazenda ocupada por índios em Potiraguá em um pedido de diligência na propriedade para que se verifique as circustâncias da invasão. Com isso, Ferraz disse que um oficial foi encaminhado para o local, sob proteção policial, para verificar quem são os ocupantes, quantos são e quais as motivações da ocupação. “O juízo protelou a decisão de reintegração para melhor esclarecimento dos fatos. A expectativa da defesa é que “se possa analisar os fatos e que se conclua pela reintegração”, disse o advogado. A reportagem não conseguiu ter acesso à decisão judicial.
Índios
A TV Santa Cruz, afiliada da Rede Bahia, esteve na fazenda e conseguiu conversar com um dos líderes da ocupação. O índio de Ararauã, que é do município de Pau Brasil, disse que o terreno da fazenda já foi usado como cemitério por povos indígenas. “A gente está lutando para estar no espaço onde tem um cemitério dos nossos antepassados. Essa terra aqui tem o espaço dos nossos antepassados”. Como o local é considerado sagrado, os indígenas pedem demarcação de terra na fazenda. O delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior disse que os depoimentos dos funcionários confirmam que a invasão do terreno foi feita por indíos. “Três funcionários disseram que eles estavam armados e falavam em dialetos, indicando que realmente se tratam de índios”, afirmou.
As informações são do G1 Bahia