A pedido de CartaCapital, a assessoria da PM informou que "o policial militar envolvido na ocorrência foi preso administrativamente e afastado das atividades operacionais". Além disso, a assessoria afirmou que "as imagens produzidas por equipes de televisão estão ajudando o trabalho investigativo das polícias e auxiliarão no esclarecimento do que efetivamente ocorreu". Inquéritos foram instaurados na Polícia Militar e a Polícia Civil para a apuração do episódio.
As imagens transmitidas pelos programas Brasil Urgente e Cidade Alerta mostram uma perseguição policial contra uma dupla em uma moto que seria roubada, conforme a informação oferecida ao Disque 190, o canal de denúncias da Polícia Militar.
A perseguição chega ao fim quando o homem na garupa da moto joga seu capacete contra o policial da Rocam. O PM atira duas vezes. Segundos depois, o condutor da moto perde o controle e cai na calçada. Sem esperar os suspeitos levantarem do chão, o policial para a moto, saca a arma e efetua quatro disparos contra os suspeitos.
Segundo matéria exibida no jornalismo da Rede Record, após balear a dupla depois que eles caíram, supostamente o policial teria pegue a arma dos assaltantes e atirado para o chão, na tentativa de justificar a ação como legítima defesa. Os dois baleados estão internados. Um é menor é se recupera bem, o outro encontra-se em estado grave
Ofensas nas redes sociais
Durante a transmissão, ambos os apresentadores apoiaram e tentaram justificar a ação da PM. No entanto, antes do fim do programa, o apresentador José Luiz Datena, da Band, levantou a hipótese de a operação policial contra dois suspeitos ter ocorrido de forma irregular.
O comentário do apresentador gerou duras críticas no Twitter, onde internautas manifestaram apoio à PM.
No início da tarde desta quarta-feira 24, a Polícia Militar informou que os dois suspeitos baleados foram levados para hospitais da região, com vida. Até ontem, um deles, um adolescente de 17 anos, estava em estado estável, enquanto o outro seguia em estado grave e corria risco de morte.
A PM também reforçou "seus valores de transparência, imparcialidade e legalidade, sendo certo que todo e qualquer tipo de não-conformidade na atuação policial será objeto de responsabilização nas esferas competentes".