Segundo a agência Reuters, o movimento pode criar problemas junto a autoridades de defesa da concorrência no Brasil, onde Telefónica (Vivo) e Telecom Itália (Tim) são competidores diretos. A Telecom Italia também controla a Telecom Argentina.
O negócio será avaliado por autoridades brasileiras do setor, como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A transação poderá obrigar a venda da TIM, já que pelas leis de telecomunicações, um grupo não pode operar duas empresas que atuam na mesma região.
Pela transação, a companhia espanhola desembolsará imediatamente 324 milhões de euros (US$ 438 milhões) em dinheiro para comprar ações da Telco, o que aumentará a sua fatia na companhia para 66%, frente a 46% antes do acordo, afirmaram as acionistas italianas Assicurazioni Generali, Intesa Sanpaolo e Mediobanca, que continuarão detendo participação na controladora da Telecom Itália.
A Telefónica concordou em pagar uma segunda parcela de 117 milhões de euros, através da emissão de novas ações da Telco, uma vez que tenha obtido as aprovações regulatórias necessárias, elevando a sua participação para 70%.
Em 2014, a companhia espanhola terá o direito de converter todos o seus papéis da Telco em ações ordinárias, assumindo o controle sobre a companhia, que detém 22,4% de participação na Telecom Itália.
A partir de janeiro do ano que vem, a Telefónica também tem a opção de comprar, em dinheiro, a totalidade das ações da Telco.
O valor por ação para esta operação seria de € 1,10 ou o preço médio de fechamento das ações da Telecom Itália – será escolhido o valor mais alto entre essas duas opções.
Com informações do Correio