Muitos moradores dos municípios de Anguera e Serra Preta estão apreensivos e indignados pelo fato de a Justiça do Acre ter bloqueado as contas e impedido as atividades da empresa TelexFree, sob pena de R$ 100 mil, a título de multa, por cada nova adesão. A decisão foi tomada porque a Justiça acreana considera que a empresa atuava com o intuito de formar uma pirâmide financeira, o que é crime.
Tanto em Serra Preta, quanto em Anguera, o número de pessoas que investiu é muito expressivo, a ponto de não ser exagero dizer que, praticamente, mais de metade dos habitantes das duas cidades investiu dinheiro na empresa. A maioria desses investidores são pessoas de poucas posses, que enxergaram na empresa uma oportunidade de se capitalizar e, num ato de sacrifício, venderam seus bens, como animais, veículos, imóveis e outros para poderem ter capital para investir.
O motorista de transporte Robson da Costa Santos foi um dos investidores que teve grande prejuízo. “Eu tive R$ 30 mil retidos pela justiça. Fiz 10 contas, cada uma no valor de R$ 3 mil e, em menos de uma semana, as contas da empresa foram bloqueadas. Não cheguei nem a retirar rendimentos. Esse dinheiro é de uma casa que eu tinha. Eu via todo mundo que conheço entrar na Telexfree e muitas pessoas que eu conheço já estavam ganhando bastante dinheiro, tendo o devido retorno. Então, peguei esse dinheiro e investi. Não conheço ninguém que tivesse prejuízo, a empresa depositava certinho o dinheiro de todo mundo. Não entendo porque a justiça fez isso. Agora eu não sei o que vai ser, pois o dinheiro está lá, bloqueado, e até agora a Justiça não devolveu nosso dinheiro. Se a Justiça bloqueou a empresa, ela poderia, pelo menos, devolver nosso investimento. Eu vendi uma casa, mas teve muita gente aqui de Angüera que vendeu terra, gado, carro, moto e outros bens para poder investir”, questionou o motorista.
Comércio
Uma comerciante de Anguera, que preferiu não se identificar, ressaltou que o comércio local sentiu o baque do bloqueio da empresa, pois como muitas pessoas da cidade investiram na empresa, aumentou vertiginosamente a circulação de dinheiro no comércio local, o que movimentou, e muito, a economia do município.
“O comércio de Anguera estava muito fraco, antes da TelexFree chegar à cidade. Após as atividades da empresa por aqui, conforme as pessoas foram investindo e recebendo os depósitos referentes aos rendimentos, houve um superaquecimento nas compras. Me arrisco a dizer,inclusive, que comercio de Anguera nunca vendeu tanto quanto nessa época, que foi o boom! da Telexfree. Praticamente todo mundo que eu conheço investiu na empresa. Todo mundo tinha dinheiro para pagar suas dívidas e comprar. Depois da proibição da Justiça, houve uma significativa queda no volume das vendas na cidade. Muita gente pegou dinheiro com agiotas, outros com bancos. Essas pessoas precisam que a Justiça devolva o dinheiro que investiram para poderem sanar suas dívidas”, ponderou a comerciante.
FONTE: Folha do Estado da Bahia
Tanto em Serra Preta, quanto em Anguera, o número de pessoas que investiu é muito expressivo, a ponto de não ser exagero dizer que, praticamente, mais de metade dos habitantes das duas cidades investiu dinheiro na empresa. A maioria desses investidores são pessoas de poucas posses, que enxergaram na empresa uma oportunidade de se capitalizar e, num ato de sacrifício, venderam seus bens, como animais, veículos, imóveis e outros para poderem ter capital para investir.
O motorista de transporte Robson da Costa Santos foi um dos investidores que teve grande prejuízo. “Eu tive R$ 30 mil retidos pela justiça. Fiz 10 contas, cada uma no valor de R$ 3 mil e, em menos de uma semana, as contas da empresa foram bloqueadas. Não cheguei nem a retirar rendimentos. Esse dinheiro é de uma casa que eu tinha. Eu via todo mundo que conheço entrar na Telexfree e muitas pessoas que eu conheço já estavam ganhando bastante dinheiro, tendo o devido retorno. Então, peguei esse dinheiro e investi. Não conheço ninguém que tivesse prejuízo, a empresa depositava certinho o dinheiro de todo mundo. Não entendo porque a justiça fez isso. Agora eu não sei o que vai ser, pois o dinheiro está lá, bloqueado, e até agora a Justiça não devolveu nosso dinheiro. Se a Justiça bloqueou a empresa, ela poderia, pelo menos, devolver nosso investimento. Eu vendi uma casa, mas teve muita gente aqui de Angüera que vendeu terra, gado, carro, moto e outros bens para poder investir”, questionou o motorista.
Comércio
Uma comerciante de Anguera, que preferiu não se identificar, ressaltou que o comércio local sentiu o baque do bloqueio da empresa, pois como muitas pessoas da cidade investiram na empresa, aumentou vertiginosamente a circulação de dinheiro no comércio local, o que movimentou, e muito, a economia do município.
“O comércio de Anguera estava muito fraco, antes da TelexFree chegar à cidade. Após as atividades da empresa por aqui, conforme as pessoas foram investindo e recebendo os depósitos referentes aos rendimentos, houve um superaquecimento nas compras. Me arrisco a dizer,inclusive, que comercio de Anguera nunca vendeu tanto quanto nessa época, que foi o boom! da Telexfree. Praticamente todo mundo que eu conheço investiu na empresa. Todo mundo tinha dinheiro para pagar suas dívidas e comprar. Depois da proibição da Justiça, houve uma significativa queda no volume das vendas na cidade. Muita gente pegou dinheiro com agiotas, outros com bancos. Essas pessoas precisam que a Justiça devolva o dinheiro que investiram para poderem sanar suas dívidas”, ponderou a comerciante.
FONTE: Folha do Estado da Bahia