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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Homem que matou toda a família é preso após viver 3 anos em matagal

As comunidades da região da Linha Triton e do Rio Tuna voltaram a dormir tranquilas. O foragido da justiça Gilmar Reolon, de 46 anos, foi preso na manhã de11/01/13 pela polícia militar de Francisco Beltrão, com ajuda do irmão de Gilmar, Idemar Reolon. Há três anos, o nome de Gilmar foi atrelado a um dos crimes mais chocantes da história da região: a chacina de sua própria família, na qual foram vitimadas sua esposa, Gema Casanova Reolon (43), seus filhos Gian Lucas (9) e Gissele Indianara (14), e sua sogra, Petronília Strosmovski Casanova (84). Anteriormente, Gilmar já havia sido acusado formalmente pela polícia pela morte de seu pai, Otávio Reolon, em 28/05/09. Em depoimento dado à imprensa de Francisco Beltrão e região, em 11/01/13, Gilmar Reolon descreveu detalhes sobre sua motivação em cometer os crimes e seu refúgio na mata durante três anos.
Reolon disse que o assassinato de seu pai foi um ato de vingança, uma vez que, aos 12 anos, havia sido brutalmente espancado, e desde então havia jurado a sua morte. A eminência de ser preso pelo crime gerou a preocupação pelo bem estar de sua família, uma vez que seus problemas financeiros seriam agravados caso fosse colocado atrás das grades. Em um misto de vergonha pela perseguição policial e preocupação com o futuro da família, Gilmar chegou a deturpada conclusão que pouparia seus familiares do sofrimento se simplesmente os matasse. E foi o que fez. Gilmar eliminou um por um a pauladas, e em seguida fechou a casa, para que ninguém descobrisse. Sem saber o que fazer com os corpos, preocupou-se com a aproximação dos vizinhos, que estavam curiosos com o repentino desaparecimento da família. Foi aí que decidiu atear fogo na casa, de forma a eliminar as provas de uma vez só. Em seguida, Gilmar tentou se enforcar, mas o galho que sustentava a corda quebrou, impossibilitando a tentativa. Resolveu, então, refugiar-se nas matas da região compreendida entre Eneas Marques, Vila do Rio Tuna e Linha Triton. Por mais de três anos, Gilmar conseguiu sobreviver, movendo-se entre esconderijos, saqueando residências atrás de comida, colhendo frutos da mata e, principalmente, matando bovinos da região para se alimentar. Gilmar admitiu ter matado 10 bovinos, os quais foram assados em churrasqueiras improvisadas no interior da mata. As mortes misteriosas do gado da região ocasionou a primeira reunião do ano da Câmara de Segurança Pública do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Condef), em 10/01/13. No encontro, participaram 15 instituições de relacionadas à segurança, entre elas a Polícia Ambiental, Polícia Civil, Polícia Militar, Promotoria Pública, Conselho Municipal de Segurança, Justiça Federal, Polícia Rodoviária, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Instituto de Criminalística. Na reunião foram apresentadas informações sobre as investigações, assim como estratégias para uma possível ação conjunta entre as instituições. Às 4h15 da manhã de 11/01/13 o Soldado PM Oliveira e o irmão de Gilmar, Idemar Reolon, o encontraram dormindo em seu esconderijo na mata da região do Rio Tuna. O oficial deu ordem de prisão e o foragido foi imobilizado e encaminhado ao 21º Batalhão da Polícia Militar de Francisco Beltrão. Idemar Reolon ajudou na busca do irmão, uma vez que já estava sendo hostilizado pela sua comunidade, sob acusações de estar acobertando o criminoso. Preocupado com a integridade de sua família, Idemar auxiliou as autoridades para que a situação encontrasse um rápido desfecho. 
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Fonte: Portal A Desgraça, texto de: Cristian Amaral da Silva, foto: Paulo Cesar Farias - Jornal Tribuna do Povo Vídeo: Gerson Thimotio

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