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domingo, 30 de dezembro de 2012

Prejuízo provocado pela seca na Bahia pode chegar a R$ 7,8 bilhões


Os prejuízos provocados pela seca na Bahia, este ano, podem ficar entre R$ 4 bilhões e R$ 7,8 bilhões, segundo João Martins, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb).

Ele explicou que o governo ainda não fechou as contas sobre as perdas e aguarda a estabilização das chuvas para fazer a avaliação, mas as estimativas apontam para perdas nesse patamar.

“Isso porque a agricultura se reflete no comércio e nos serviços. Se o agricultor não tem renda, ele não compra mercadoria, não demanda serviço. Ainda achamos que o governo está sendo otimista nesse cálculo”, disse.

Pico da seca- A chuva que chegou em parte da Bahia, um dos estados que mais sofreu com a seca deste ano, a mais intensa das últimas quatro décadas no Semiárido nordestino, durou menos do que os produtores da região esperavam. De acordo com Martins, os baianos ainda estão vivendo o “pico da seca” no Norte e Centro do Estado.

“Melhorou bastante. Saímos da situação altamente crítica, mas se continuar o sol que está e a previsão se confirmar, dificilmente vai chover nas próximas semanas e vamos voltar para a UTI [unidade de terapia intensiva]”, disse, ao comparar a situação do Estado com a saúde de um paciente.

A Bahia se diferencia de grande parte do Semiárido por ter, normalmente, chuva mais cedo. No Sudoeste, Oeste e Extremo Sul do Estado, os agricultores tiveram trégua com a chuva, que ainda se mantém e contribuiu para recuperar os níveis de reservatórios de água que abastecem as grandes cidades. Mas, a estiagem ainda ameaça fruticultores e pecuaristas no Centro e no Norte da Bahia.

“A caprinocultura, que está toda nessa região, sofreu muito. A redução de leite chegou a mais de 80%. Se não fosse a oferta de água do Extremo Sul, estaríamos com problema de abastecimento interno”, calculou Martins.

A produção de café da Bahia, o quarto maior produtor do país, já contabiliza redução de quase 1 milhão de sacas. A produção normal é 3 milhões de sacas de café por ano, comercializadas a R$ 350 a saca do tipo arábica, típico das regiões mais afetadas no estado.
Com informações da Agência Brasil

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