Denize Soares da Silva foi acusada de ter assassinado o companheiro francês, com quem dividiu momentos de alegria na França e no Brasil, e considerada culpada por, entre outras coisas, envenenar Sebastien Pierre Brun, de 31 anos, com cianureto. No final do julgamento, ocorrido na quarta-feira (31/10), ela recebeu uma sentença de 17 anos de prisão.
O casal havia passado, em 2004, uma temporada de férias na Bahia com o filho, à época com apenas oito anos. Ela retornou à França e disse aos pais de Brun e mais próximos que o seu ex-companheiro ficou “encantado pela Bahia” e quis ficar mais tempo no Brasil. Em seguida, passou a sacar o dinheiro das contas bancárias do francês, imitando sua assinatura.
Ela chegou a vender o carro do marido e mandar falsos cartões-postais supostamente escritos por ele. Em 2005, os pais do francês vieram para a Bahia procurar o filho.
O comportamento de Denize despertou desconfiança e a curiosidade da polícia judicial francesa em apurar o sumiço do seu cidadão. O que poderia ter sido mais um episódio feliz de um relacionamento intenso, acabou com um corpo escondido numa pedreira da pacata Cabuçu, distrito de Santo Amaro, a 71 km de Salvador, terra natal da outrora musa tropical que se tornou uma assassina.
O cadáver foi descoberto quatro anos depois de desaparecido, graças a uma denúncia anônima que partiu de uma testemunha brasileira. Exames toxicológicos revelaram que a morte de Brun foi causada por uma “intoxicação letal” de cianureto, um veneno que pode ser obtido da mandioca amarga, cultivada na região.
O julgamento de Denize Soares começou no dia 15 de outubro. Ela disse “não se lembrar de nada”. No dia seguinte, um de seus advogados afirmou ser a acusada mitomaníaca – pessoa que tem hábito de mentir ou fantasiar – e que estava “sozinha e perdida”. A sentença dada na França pelo tribunal criminal de Isère foi superior à pena requerida pelo Ministério Público, de 15 anos de prisão.
“Nossa interpretação é que a Justiça acrescentou dois anos à pena requerida em razão da atitude de Soares, que mentiu até o fim do julgamento afirmando ser inocente para escapar da punição, e também pelo seu comportamento no Tribunal, que misturou gritos de raiva e lágrimas”, declarou o advogado de defesa, Claude Coutaz.
Como a brasileira já está em detenção preventiva desde 2007, esse período será reduzido de sua pena.
De acordo com Coutaz, ela poderá recorrer à liberdade condicional no prazo de três anos, após ter cumprido metade da sentença.
É, 17 anos de prisão por tirar uma vida...Desta maneira, a justiça esta sendo coerente com a assassina...Já pensou se todas as pessoas que querem se dar bem na vida, matar um ser humano e, depois de 17 anos ficar livre? Foi um bom negocio para ela. Outro caso da vida que se banaliza!
ResponderExcluir