"Ele começou a me agredir na frente dos meu amigos, que moram perto da minha casa, e disse que a primeira coisa que iria fazer era cortar meu cabelo e que se eu mexesse enquanto ele cortava iria furar a minha garganta. A todo o tempo ele me batia e quando eu caía no chão ele mandava eu levantar só para ele ver o tombo. Numa hora dessas, eu caí e ele ficou apontando a arma para mim", relatou a vítima, que após a agressão encontra-se escondida junto com a mãe, que é separada do pai. Elas afirmam que estão com medo, já que o suspeito ameaçou matá-las.
A adolescente contou que o pai sabia o quanto ela gostava dos cabelos e se irritava pelos cuidados que ela tinha. "No dia que ele raspou a minha cabeça, eu tinha cortado e franja e pintado meu cabelo", afirmou. Após a agressão, ocorrida na quinta-feira (25), ela disse ter passado a noite acordada com medo de que o pai pudesse matá-la. "No outro dia cedo ele mandou que eu fosse trabalhar mesmo careca. Daí fui limpar meus sapatos. Ele ficava o tempo todo atrás de mim. Comecei a tremer e a chorar", lembrou.
Depois, conforme a vítima, o pai disse que ela não iria mais trabalhar. "Ele falou que não era para eu trabalhar mais e que eu tinha perdido meus cabelos, meu emprego e o ano letivo". No mesmo dia à tarde, o suspeito a levou até um salão de beleza de um amigo dele e mandou que terminasse de raspar a cabeça dela. No entanto, a adolescente falou que não queria e o cabeleireiro se recusou a fazê-lo sem o consentimento dela.
Fonte: G1