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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Professores grevistas devem sair da Alba até sexta-feira, determina Justiça

  
Os professores grevistas da rede estadual, que acampam no saguão da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em Salvador, precisam desocupar o local até as 14h de sexta-feira (20), determina a Justiça. Vistoria foi realizada na tarde desta quinta-feira (19) pelo juiz Ruy Britto, da 6ª Vara da Fazenda Pública, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), decidiu pela saída dos docentes. O comando de greve informa que se reúne por volta das 19h para avaliar a questão. A mobilização dos professores completou 100 dias.
A inspeção judicial é realizada após pedido de reintegração de posse realizado pelo presidente da Casa Legislativa, Marcelo Nilo. Na decisão, o juiz afirma que, se os professores não deixarem as instalações do local até o horário determinado de forma "pacífica e ordeira", está autorizado o uso de força policial. Ressalva, no entanto, que isso deverá ser feito com "moderação e cautela, em respeito à integridade física dos manifestantes".
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) afirmou que a contraproposta enviada pela categoria para avaliação do órgão "não difere da proposição anteriormente apresentada pela entidade sindical" e que, por isso, não tem efeito para "aproximação entre as partes", no caso, o Governo da Bahia. "Lamentavelmente, persistem os motivos que deram ensejo ao posicionamento adotado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Justiça em considerar concluída a mediação", afirma a nota.
100 dias
A greve dos professores estaduais da Bahia completa 100 dias nesta quinta-feira (19) e, apesar do tempo, não há perspectiva de resolução do impasse entre grevistas e governo, situação que deixa parte dos um milhão e cem estudantes fora das salas de aulas. O "prejuízo" temido pelos jovens e adultos que dependem da rede de ensino é, principalmente, a perda do ano letivo. Dos 200 dias determinados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) para a formação do ano acadêmico, a Bahia não realizou atividades em 60 deles.
“Só fico dentro de casa, às vezes saio para jogar bola, ou fico no computador, ou às vezes saio para ajudar meu pai no serviço. Ele trabalha com pintura, solda. Na verdade, eu acredito que seja mais um ano perdido", afirma Edvan Silva, 15 anos, que estuda no Colégio Frederico Costa, no bairro Vila Laura, em Salvador. Aluno da 6ª série, ele mora com os pais e uma irmã de 12 anos no bairro de Narandiba.
A Secretaria da Educação garante que a greve não compromete o ano letivo. Para isso, trabalha com a alternativa de repor aulas aos sábados e, talvez, em janeiro e fevereiro, o que tem sido planejado em algumas unidades que já retomaram o calendário. "Vamos cumprir o ano. Vai prejudicar, de certa forma, o ano e as férias, mas não trabalhamos com a possibilidade de perda", afirma o secretário da Educação da Bahia, Osvaldo Barreto.
Fonte: G1

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