Entidade alega que o humorístico prejudica o trabalho da imprensa em Brasília
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal pediu nesta quinta-feira (19) que o governo restrinja o trabalho dos humoristas do programa Custe o Que Custar (CQC), da TV Bandeirantes, alegando que eles "prejudicam o trabalho da imprensa em Brasília".
A onda de reclamações que o sindicato alega ester recebendo diz respeito ao episódio ocorrido durante a visita da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, ao Brasil na segunda-feira (16).
Hillary dava entrevista coletiva aos jornalistas brasileiros e americanos no Palácio do Itamaraty sobre os encontros que teve no País. Ao final da coletiva, um repórter do programa tentou entregar uma máscara de Carnaval para a secretária em referência às notícias de que ela teria ido para a balada no intervalo da Cúpula das Américas, na Colômbia.
O repórter estava próxima à saída e provocou desconforto à secretária americana. Os seguranças rapidamente o pararam o, que continuou gritando tentando falar com a secretária. Fotógrafos que estavam no local reclamaram com o repórter, dizendo que ele não estava fazendo jornalismo e estava atrapalhando "quem tentava fazer um trabalho sério".
Na nota publicada em seu site e eviada ao Planalto, o sindicato pede que a atividade jornalística prepondere sobre a humorística:
— Sem desmerecer o trabalho humorístico, consideramos que nossa sociedade carece, em maior grau, de informações de qualidade e, nesse sentido, defendemos sempre a preponderância da atividade jornalística sobre a humorística", justifica o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Brasília em comunicado.
Na mesma nota, o sindicato pede que as assessorias de imprensa dos organismos governamentais, principalmente as da Presidência e a do Itamaraty, adotem as medidas necessárias para garantir tal preponderância.
R7