Esta seca instalada agora, sobretudo no estado da Bahia, promete durar todo o ano de 2012 e também por todo o ano de 2013.
Eng. Manoel Bonfim Ribeiro
A seca já se instalou nos sertões do estado da Bahia produzindo os seus efeitos negativos e nefastos sobre a economia dos agricultores.
Não é uma seca inusitada, mas prevista de longas datas pelos estudos do Instituto de Atividades Espaciais de São José dos Campos. Esta previsão foi chamada de “Prognóstico do Tempo a Longo Prazo” Baseia-se em interpolações de pesquisas cuidadosas fundamentadas no histórico pluviométrico da região nordeste. A cada 26 anos ocorre uma grande seca, como aconteceu a de 1979/84 quando o DNOCS e outros órgãos dos estados nordestinos receberam antecipadamente relatórios sigilosos analisando e alertando para o que iria ocorrer. Não é um modelo matemático na acepção do termo, mas um “Método Estatístico de Correlação,” estudo que passou a merecer toda a credibilidade dos técnicos e dos poderes administrativos.
Fizemos, pessoalmente e por curiosidade, uma regressão com o perfil senoidal das secas acontecidas desde a chegada de Tomé de Sousa ao Brasil. A coincidência foi magistral, a cada 26 anos a senóide entra no seu ramo descendente apontando exatamente as secas ocorridas na região em séculos passados. Exemplificamos só algumas: 1582/84-1777/80-1877/80 -1930/33 1957/59 e por aí vai a ciclometria das secas.
Não é uma equação, é um modelo que pode sofrer alterações nas datas presumidas das secas para mais ou para menos devido à complexidade da trama atmosférica que foge aos domínios de técnicos, meteorologistas e cientistas. Esta seca instalada agora, sobretudo no estado da Bahia, promete durar todo o ano de 2012 e também por todo o ano de 2013. Neste estudo procuramos mostrar o sistema ondulatório dos períodos de chuvas escassas indicando a projeção das estiagens que afligem a região.
Fonte: Portal de Serrolândia