A barragem tem uma altura de 41m por 1.560m de largura e 48 km de extensão, mas no momento está apenas com 15 km. A construção da adutora para levar água da barragem tem como objetivo atender à irrigação, abastecimento humano, piscicultura, pecuária e perenização do Rio Jacuípe em uma extensão de 180 km, até a sua confluência com o Paraguaçu.
Um dos funcionários da Companhia de Engenharia Ambiental da Bahia (CERB), que trabalha na área e pediu para não ser identificado, disse ao CN que a barragem no momento opera 11,81% da sua capacidade, quando o ideal era operar com 50%. Ele também externou a procupação com evaporação que chega a um cetimetro por dia e isto é acompanhada pelos órgãos superiores através de satélite.
A barragem banha os municípios de São José do Jacuípe e Várzea da Roça, é considerada uma das mais importantes na perenização do Rio Jacuípe e a terceira maior da Bahia com capacidade de represar 355 milhões de metros cúbicos de água, mas por conta da estiagem está com apenas 40 milhões de metros cúbicos. “A situação é tão preocupante que estaremos realizando uma reunião no dia 30, com os prefeitos da região, os deputados votados nestes municipios e câmara de vereadores para buscar uma solução, através da interligação com o sistema que está trazendo água do São Francisco para região do Irecê e estender até nossa região”, falou demonstrando preocupação o prefeito Antonio Roquildes Vilas Boas Almeida (PSD).
“Enquanto o projeto de interligação entre as barragens não entra em funcionamento, só resta para os consumidores economizar água. Com essa atitude, a barragem de São José do Jacuípe suportará a conclusão do projeto em andamento e, com isso os municípios beneficiados pelo seu abastecimento não serão privados do mais precioso líquido do planeta”, concluiu Almeida, como é conhecido o prefeito.
Um dos maiores consumidores de água é o projeto de irrigação do Jacuípe que até o final de 2010, registrava 110 lotes de 03 hectares cada no município de Várzea da Roça. O citado projeto teve início em 1998, mas só atingiu até o ano de 2010 35% do que estava previsto que era de 1.002 hectares.
Segundo o vereador do municipio de São José do jacuípe, Joaquim Vilaronga Rios, que acompanhou toda construção e até chorou ao falar sobre a barragem durante entrevista para a TV Calila. A barragem só chegou a capacidade máxima quando foi construida em 1985. “É necessário juntar todos, de todos os partidos, todos os grupos políticos, governo federal e estadual, para salvar a barragem”, falou o vereador que está no exercicio do terceiro mandato.
Com a barragem secando, a salvação está no projeto de interligação da barragem de pedras ao sistema da adutora do Sisal, obra indicada no governo do estado pela deputado Neusa Cadore (PT), que está em execução pela EMBASA com investimentos na ordem de R$ 59,3 milhões de reais.
Saiba mais e veja as imagens do momento atual da barragem de São José através da TV Calila.
Fonte: CALILA NOTÍCIAS