O padre italiano Luigi Plebani, de 65 anos, natural da província de
Brescia, Norte da Itália, foi encontrado em sua casa, morto por
enforcamento, na noite de domingo (29), no município de Ruy Barbosa,
distante 305 quilômetros de Salvador.
Plebani realizava trabalho missionário no Brasil há mais de 30 anos. A
Polícia trabalha com a hipótese de suicídio, mas não descarta a
possibilidade de assassinato.
Segundo os policiais, Plebani teria morrido entre 18h e 19h30. Ele
foi encontrado por uma funcionária, que não teve o nome revelado,enviada
à casa do missionário pelo secretário paroquial que percebeu ausência
dele em uma missa.
De acordo com Dom André de Witt, designado pela paróquia para
auxiliar nas investigações, a funcionária encontrou o padre com uma fita
adesiva presa à boca, como se fosse uma mordaça, o que – segundo a
Polícia – poderia indicar que Luigi Plebani tenha sido morto por outra
pessoa.
De Witt informou ainda que, aparentemente, nada foi roubado na casa
da vítima, no entanto, diz esperar as conclusões da perícia para tirar
as suas. Segundo ele, a casa do padre Plebani já tinha sido invadida por
ladrões algumas vezes.
O padre De Witt disse também que a vítima realizava trabalhos de
caridade em hospitais e cadeias da região, mantendo contato diário com
marginais e usuários de drogas.
Além disso, o padre relatou a existência de uma carta deixada por
Plebani e que seria direcionada ao bispo da região. De acordo com a
Polícia local, que está de posse da correspondência, o padre pede na
carta para ser transferido da diocese de Ruy Barbosa, por estar sendo
ameaçado de morte.
Segundo o padre De Witt, no documento Luigi Plebani não divulga os
nomes de quem o ameaçava, mas enfatiza o desejo de deixar o lugar. A
carta, que teria sido escrita dias atrás, foi entregue à Polícia pela
mesma funcionária que achou o corpo.
Missionário não comete suicídio!
ResponderExcluirAbsurda a ideia de que um missionário venha a cometer suicídio. Homem comprometido com a missão, experimentado nos trabalhos sociais; homem que andava de sandálias havaianas e as remendava com pregos para durarem mais; que não usava dinheiro da paróquia para luxo ou ostentação (o carro que tinha, um fiat, vinha do dinheiro mandado pela família); homem que, em Lagoa dos Gatos, vendo as crianças pobres prezas fáceis do mal, construiu com os escassos recursos da paróquia (sem ajuda da diocese) construiu o centro Dom Bosco (quadra de vôlei e futebol), que construiu uma igreja e trouxe freiras para darem oficinas em uma comunidade de alto risco na cidade; homem que vinha sofrendo ameaças e não foi transferido logo da paróquia em que estava; que estava recebendo ameaças por defendes jovens e crianças do mal e a polícia não preparou esquema de segurança para protegê-lo. Não, senhores, ele sabia a falta que faria aos que precisavam dele. Ele não deixaria os seus desprotegidos.