O PM destacou casos de moradores que têm sido abordados e agredidos por motivos fúteis, como gestos feitos com as mãos, vestimentas ou simplesmente por atravessarem os limites de bairros controlados por grupos rivais. “Que loucura é essa que a gente está vivendo? O cara não pode entrar no bairro com o celular na mão, que os caras estão pegando a pessoa e quebrando no pau”, desabafou.
Gestos de mãos e símbolos associados a facções têm custado a vida de jovens na capital baiana. Exemplos incluem o número “três”, vinculado ao Bonde do Maluco (BDM), e o “dois”, associado ao Comando Vermelho (CV). Até mesmo camisas estampadas com sinais de “V” têm gerado abordagens violentas.
“Pegaram um menino, que estava chegando na casa de parentes, ligando por vídeo para ser localizado. O cara pegou o menino, quebrou todo ele no pau. O menino foi internado, teve lesões graves, precisou de cirurgia. Era uma criança! E era questão de dois ou três minutos para o parente chegar”, relatou o PM.
A. Santos mencionou bairros como Liberdade, IAPI, Suburbana e Garcia como exemplos de locais onde essas situações são recorrentes.
“Quem nasceu ali, quem é cria, não pode visitar a mãe. Que loucura é essa? O cara está trabalhando, está com um tênis de uma marca ou um boné, já é motivo para baterem, torturarem, matarem”, questionou.
Veja o vídeo abaixo: