O projeto de longa-metragem baseado na história do ex-camelô e apresentador do SBT, Silvio Santos, pode não deslanchar, devido à falta de incentivo fiscal da Ancine e da Lei Rouanet – na qual, grandes empresas podem apoiar a produção usando parte do que pagariam ao Imposto de Renda. E a culpa também é do próprio Silvio Santos.
A Ancine exigiu uma carta de autorização de execução do filme, assinada pelo próprio empresário, para que a verba fosse liberada. A exigência tem respaldo no artigo 20 do Código Civil, o qual diz que a utilização da imagem de uma pessoa poderá ser proibida se não tiver sido autorizada.O diretor do filme, Guga Oliveira, declarou que Silvio concorda verbalmente em fazer o filme, mas não quer assinar nenhum papel. "Sou muito amigo do Silvio Santos. Já tentei quatro vezes uma autorização por escrito. Ele nos autorizou a fazer o filme verbalmente, na frente de testemunhas, mas não assina no papel por superstição", esclareceu Guga. O prazo de 30 dias dado pela Ancine para que a carta assinada pelo biografado fosse entregue, foi descumprido. A destinação de verba pública ao projeto foi, então, oficialmente cancelada pelo órgão. fonte:www.bahianoticias.com.br
Algo parecido já havia acontecido quando o humorista Ceará, do “Pânico na TV!”, começou a imitar o apresentador. Para que ele continuasse com o seu quadro no programa, foi preciso uma autorização assinada pelo próprio Silvio Santos. Sendo assim, o longa “Era uma vez no Brasil - A Fantástica História de Silvio Santos” – este é o nome do projeto - poderá até acontecer, mas sem dinheiro de incentivo fiscal. A estimativa do orçamento inicial era de R$ 10,5 milhões. Cerca de 7 ou 8 milhões de reais deveriam vir da Lei Rouanet. Devido ao corte no incentivo, o diretor já declarou que está fazendo as mudanças no roteiro para que o orçamento diminua.