Mortes foram registradas entre os dias 31 de janeiro e 8 de fevereiro.
Número é 118,6% maior que os registrados uma semana antes da greve.
A fachada do IML de Salvador na manhã desta quarta-feira (8).
O G1 no esteve Instituto Médico Legal (IML) de Salvador, órgão que acolhe as vítimas de mortes violentas (e não apenas de homicídios), na manhã desta quarta-feira, mas não foi autorizado a entrar no local. O aumento no número de homicídios fez subir a demanda por atuação do órgão, segundo um funcionário do IML, e o movimento está tão intenso que até um dos carros funerários de reserva está sendo utilizado.Segundo o funcionário do IML, que preferiu não se identificar, nesses dias de greve os três carros funerários da unidade têm recolhido média de 30 corpos por dia, enquanto em dias considerados normais, sem a greve da PM, a média é de 15. Os piores momentos, afirmou, ocorrem nos fins de semana.
Na manhã de quarta-feira (7), a secretaria afirmou que já passava de cem o total de homicídios. A instabilidade do site da SSP-BA nas últimas 48 horas tem dificultado o acesso aos detalhes dos crimes, entre eles, o local e o horário da ocorrência, além do sexo e idade das vítimas. O dado mostra, no entanto, que a quantidade de vítimas tem diminuído desde a manutenção da greve na Bahia. No domingo (5), o aumento de casos até então era de 129% e, nesta quarta, atinge 118,6 %.