Um ônibus escolar foi incendiado no centro industrial, em Salvador, na manhã desta segunda-feira (6), durante a onda de violência por causa da greve da Polícia Militar do Estado. O coletivo seguia para Lauro de Freitas, na região metropolitana, com crianças e adolescentes, quando começou a pegar fogo.
Todos deixaram o coletivo antes que a situação piorasse e ninguém ficou ferido. A onda de violência assusta os moradores da Bahia há sete dias. Os policiais grevistas estão acampados na Assembleia Legislativa do Estado e cerca de 1000 homens do Exército cercam o local.
No local, policiais militares grevistas acampam, junto de suas famílias, desde 31 de janeiro. O objetivo do Exército é cumprir os 11 mandados de prisão expedidos pela Justiça baiana contra os líderes do movimento, que estão no local, para, então, desocupar o prédio.
Além do Exército, homens da Caatinga e da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar estão nas proximidades. Segundo o tenente-coronel Cunha, ainda não há previsão de início para ação.
O abastecimento de energia elétrica do edifício foi cortado, por volta das 19h deste domingo (5), e as tropas federais fecham o entorno da Assembleia, usando, entre outros veículos, os blindados Urutu do Exército e helicópteros. A iluminação de alguns pontos do prédio e dos holofotes instalados do lado externo é mantida por geradores de energia, usados apenas em casos de emergência.
Os policiais grevistas dizem não querer confronto com as tropas do Exército ou com os 40 integrantes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF), que chegaram a Salvador neste domingo para cumprir os mandados de prisão, mas avisam que responderão a eventuais atos de violência com violência.
