O caso aconteceu na última segunda-feira (22), no bairro do Rio Vermelho, e nesta segunda (29), o delegado Nilton Borba, responsável pelo caso, falou em entrevista à TV Bahia que a situação é investigada como furto e apropriação indébita.
O homem que recebeu o dinheiro foi intimado na unidade policial e prestou depoimento. As medidas de polícia foram adotadas e o caso será encaminhado à Justiça.
Conforme detalhou o delegado Nilton Borba, a funcionária errou o código de Discagem Direita à Distância (DDD) ao transferir o valor via PIX, a qual a chave era um número de telefone.
O delegado disse ainda que o restaurante entrou em contato com o homem no mesmo dia para reaver o valor e assim que ele tomou conhecimento do engano, tentou fazer o saque em uma agência bancária.
“Ele tentou sacar o dinheiro em espécie, mas não conseguiu e transferiu para contas de terceiros. Ele fez isso sabendo do engano cometido, que o dinheiro não era dele”, disse o delegado.
Ao ser intimado para prestar depoimento na delegacia, o homem afirmou que precisava do dinheiro e usou para pagar contas em atraso. Ele alegou que não tem mais o valor e não seria possível devolvê-lo para o restaurante.
“Ele foi indiciado por esses crimes [furto e apropriação indébita]. O procedimento vai ser concluído ainda nesta semana e ser remetido para a Justiça. Em seguida, será arremetido para o promotor [Ministério Público]. Ele analisa, oferece a denúncia e a partir daí vai para o juiz apreciar”, explicou o delegado.
De acordo com o consultor do Banco Central, Breno Lobo, caso alguém faça uma transferência por engano, deve tentar entrar em contato com a pessoa que recebeu o valor. Ao fazer a transação, o usuário tem acesso aos dados pessoais do recebedor, como nome completo e agência bancária.
Quem fez a transferência errada pode usar essas informações para encontrar o destinatário e solicitar a devolução. Caso o pedido seja negado, o usuário deve prestar um boletim de ocorrência e procurar a Justiça.
Fonte: g1/BA