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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Fernandinho Beira-Mar alega insanidade mental para tentar sair da cadeia

Fernandinho Beira-Mar - Foto: Tasso Marcelo/Estadão Conteúdo
Preso na Penitenciária Federal, em Campo Grande, desde 2019, Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como “Fernandinho Beira-Mar”, de 56 anos, passou por perícia psiquiátrica nos últimos dias, de acordo com o que foi apurado pelo g1. Com a consulta, o preso tenta liberdade para tratamento psicológico fora da cadeia.

O exame, solicitado pela defesa de “Fernandinho Beira-Mar”, tem como objetivo corroborar com a tese de que o presidiário tem insanidade mental derivada das condições vividas na prisão, de acordo com os advogados do homem que foi considerado um dos maiores traficantes do Brasil.

Conforme apurado, Fernandinho Beira-Mar alega que está com problemas mentais. Segundo as informações obtidas pelo g1, o ex-traficante alega que as mudanças comportamentais ocorreram por causa do isolamento imposto nos presídios federais.

Beira-Mar foi capturado, em 2001, na Colômbia. Desde então, o preso já passou pelos presídios federais de Catanduvas, no Paraná, Brasília (DF), Porto Velho (RR) e Mossoró (RN).

Entre as queixas apontadas por Beira-Mar na audiência está a de que ele “sente falta de contato com os seis filhos biológicos e 11 adotivos”.

O processo da perícia psiquiátrica corre em sigilo. Consultado, o advogado Luiz Gustavo Bataglin, representante de Beira-Mar na execução penal, declarou que não poder comentar o caso, mas confirmou a consulta com os profissionais.
Traficante Fernandinho Beira-Mar dentro do tribunal - Foto: Erbs Jr. / Frame / Estadão Conteúdo
Fernandinho Beira-Mar
Beira Mar cumpriu 25 anos de um total de 300 anos de prisão a que foi condenado.

O traficante Fernandinho Beira-Mar, preso desde 2001, acumula penas que somam quase 320 anos de prisão por crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.

Desde 2006, Beira-Mar está preso em um presídio federal. Atualmente, ele se encontra na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).

Em 2007, a Polícia Federal investigou o criminoso e descobriu que, apesar da vigilância, ele manteve o controle do fornecimento de drogas para favelas do Rio. A investigação da PF, na ocasião, levou 19 pessoas à prisão.

Segundo a Polícia Federal, as principais áreas de atuação de Fernandinho Beira-mar são três comunidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense: favela Beira-Mar, Parque das Missões e Parque Boavista.

Em 2019, o traficante teve negado um pedido para voltar ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro.

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