Ele é considerado o segundo principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) em liberdade. Responsável pela logística de fornecimento de drogas da organização criminosa, ele vinha atuando como o principal negociador de cocaína com grandes fornecedores.
Colorido, de 50 anos, constava na lista de criminosos mais procurados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. De acordo com a polícia, o traficante era um dos principais líderes no esquema de fornecimento de drogas para os Estados do Sudeste, ao lado de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, tido como chefe da facção nas ruas.
Com apoio da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça, a ação contou com a participação da Polícia Federal do Paraná, do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Norte, via Força-Tarefa de Mossoró, no interior potiguar.
Já o traficante Tuta continua solto. A liderança dele teria sido designada por outro líder, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, que transferiu responsabilidades sobre o grupo criminoso por causa da dificuldade de comunicação no sistema penitenciário federal, onde se encontra detido.
Essas novas lideranças assumiram o controle da organização nas ruas depois do acerto de contas que matou, em 2018, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue.
As investigações conduzidas pelas forças policiais e pelo Ministério Público indicavam que Colorido vivia na Bolívia durante parte do tempo em que esteve foragido. Conforme o Estadão mostrou em outubro, ocupou a posição que nos anos 1990 era do Paraguai. É agora na Bolívia que o PCC mantém sua frota de aeronaves. Essa frota era controlada por Colorido e pelos associados, como Anderson Lacerda Pereira, o Gordo.
Na Bolívia, Colorido controlava também uma frota de caminhões para o transporte da droga. Lá, seu braço direito era Sérgio Luis de Freitas, o Mijão. Esse aliado seria dono de um restaurante na cidade de Santa Cruz de La Sierra. Outros traficantes da facção também investem parte do dinheiro na Bolívia.
Nascido em Espinosa (MG), Colorido estava foragido desde 2014, quando foi beneficiado com uma saída temporária.
Fonte: Estadão
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