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quinta-feira, 9 de maio de 2019

Manifesto contra a política mairiense

Adelmo Santos
Entendo que política é a Ciência da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. Posso afirmar também que política, em palavras mais abrangentes, é um conjunto de regras ou normas de uma determinada instituição ou forma de relacionamento entre diversas pessoas para atingir um objetivo em comum.

Nesse pensamento, busco há muito tempo entender a política mairiense e sua funcionalidade social. Cada dia que passa chego a triste conclusão que a política de Mairi, infelizmente, foge o real significado da palavra e faz se perceber que não se vive uma política, mas uma politicagem desacerbada e sem função. O povo está enraizado numa tradição partidarista. Divididos e sem percepção da realidade.

Esta divisão social partidária leva a política para longe de sua realidade e impede que seus objetivos sejam atingidos, dando aos políticos o “direito” de eles “deitarem e rolarem”, fazendo o que quer na cidade e formando uma carreira política de longos anos de mandatos. Isso os levam a pensar que podem conseguir ser reeleitos simplesmente por fazerem parte de uma sigla partidária que constitui a maioria. Essa divisão precisa acabar urgentemente se queremos mudanças na cidade. Se queremos uma cidade andando dentro da realidade política, precisamos nos unir urgentemente contra essa má formação ideológica partidária, entendendo que Mairi precisa avançar diante de novas políticas, longe das siglas partidárias. Formando um novo conjunto de políticos que criem e executem leis para o bem comum da cidade.

Leis essas que favoreça os mais necessitados, produza formas de empregos viáveis para todos. Criando estratégias para atrair empresas ou fábricas e, que com isso, abra caminhos mais promissores para que nossos jovens sonhem e realizem seus sonhos aqui, sem precisar se arriscar nas grandes capitais em busca de seus sonhos.

Não é de hoje que buscamos um país mais justo. Uma sociedade mais segura por nossos representantes. Não é de hoje que lutamos por igualdade social. Também não é de hoje que almejamos uma Mairi sorridente e bem representada politicamente. Mas para que isso seja uma realidade, precisamos nos unir agora, mais do que nunca. Precisamos nos interessar mais por políticas. A politização social é o caminho da libertação.

Por isso eu sempre falo aos que me ouvem: “As pessoas precisam começar a pensar de forma coletiva e não mais em interesses individuais, pois enquanto não estivermos dispostos a mudar, compreendendo de fato o que significa política na prática, jamais vamos conseguir fazer Mairi “Sorrir” de verdade”.

De quatro em quatro anos, sai MDB e entra DEM. Sai DEM e Entra MDB. Essa cultura vem desde o princípio. Se estende desde os Intendentes, começando do Tenente-Coronel Manuel Alves Belas (1901) à Patrício Francelino da Silva (1926). Chegando aos prefeitos; de Major Nilo da Rocha Rios à José Bonifácio Pereira da Silva, na atualidade.

Ai alguns vêm me dizer que não. “Não. Mairi agora está sendo representada por outra sigla”. Sim. De fato. Mas tradicionalmente pelo mesmo grupo de sempre.

Isso precisa acabar, se não nada mudará dessa forma.

O povo precisa despertar para realidade. É preciso entender que estamos em novas eras. Novas tecnologias e novos avanços. É preciso inovação em todas as áreas, se quisermos melhorias. Não é questão de globalização. É questão de liberdade em novas escolhas. Isso é um grito da Democracia.

O século XXI, está aí nos permitindo novos conhecimentos e mais informações. Morre na ignorância quem decidiu parar, pois até mesmo quem é analfabeto sabe que o caminho do conhecimento é a pergunta. É o diálogo. É a discussão calorosa e respeitosa.

Os “mairienses” estão lutando contra si. Indo na contra-mão da realidade social e democrática. Elegendo políticos por míseros empregos. Isso permite que as pessoas sejam humilhadas ganhando menos de um salário mínimo. E vivendo abaixo da linha da pobreza. Sei que isso não acontece somente na minha cidade, é uma realidade triste de nosso país que atinge quase 26% da nossa gente, segundo relatório do Banco Mundial e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2017.

Mairi precisa avançar com urgência, isso não resta dúvidas. Mas para que isso aconteça precisamos nos unir. Parar de pensar no nosso próprio umbigo e começar a inovar nossa câmara e prefeitura com novas mentes; homens e mulheres que realmente se importe com o povo e não na paixão exacerbada pelo poder.

Mairi não precisa de homens e mulheres que tenham dinheiro para se eleger a base de compras de votos. Mairi precisa é de homens e mulheres compromissados com o social, independentemente de sua posição financeira ou econômica.

O povo mairiense precisa entender que para se ter uma cidade mais justa é preciso saber escolher seus representantes antes de confirmar seu voto nas urnas. Precisamos eleger quem realmente tenha projeção social, no que tange respeito a solidariedade; que contemple o âmbito missionário, resolvendo os problemas mais comuns como saúde, educação e segurança pública.

Não precisamos vender nossos votos por nada ou nos colocar à disposição de “cabresto”.
Todos que votam sob promessa de emprego estão se colocando à disposição de “cabresto”. Não podemos vender a nossa dignidade. Temos que conservar nosso caráter acima de qualquer coisa e de tudo.

Políticos que compram votos não são dignos de ocuparem cadeiras em gabinetes públicos, seja em câmara ou seja em prefeituras. Os que agem dessa forma já estão dando sinais de que não compreendem o significado de política e, se eleitos, cumprirão seu papel fraudulento de levar a miséria e a disfuncionalidade da máquina pública.

Por tanto, para que Mairi volte a sorrir devemos seguir à risca a legalidade, a democracia e a cumplicidade social. Devemos buscar o melhor para todos e, não tão somente para o “EU”. Agindo assim desenvolvemos uma sociedade egocêntrica, formando filhos corruptores e uma sociedade governada por corruptos. Porque os corruptos não existiriam sem os corruptores.

Concluo dizendo que Mairi tem jeito sim. O que falta é o povo entender sobre políticas sociais e esquecer a rivalidade interna por parte de partidos ‘x’ ou ‘y’.

E digo mais ainda: Além de inovar e termos que nos unir. Temos que fazer os políticos entender que somos nós os donos do poder e não eles.

Sou Adelmo Santos. Moro em Mairi, povoado Alagoinhas. Formando em Ciências das Contabilidades pela Faculdade do Riachão do Jacuípe-FARJ.