David Nutt criou uma molécula, chamada de “alcoolsinto”, que tem como alvos receptores cerebrais específicos.
“Sabemos qual local do cérebro é responsável pelos efeitos bons e ruins e quais receptores mediam esses processos: ácido gama-aminobutírico (Gaba), glutamato e outras substâncias, como serotonina e dopamina”, contou o cientista ao jornal “The Guardian”.
A partir da molécula é desenvolvido o Alcarelle, o produto sintético que não inibie as sensações provocadas pelo consumo do álcool (como “ficar alegre”), mas sem aquela dor de cabeça e o gosto de guarda-chuva, alguns dos efeitos clássicos do dia seguinte. Nutt acredita até que alguns tipos de câncer poderão ser evitados com a novidade.
Nutt diz esperar que os fabricantes de bebidas alcoólicas insiram o álcool sintético nas suas fórmulas. Porém, para isso, o cientista precisará trabalhar num dos maiores desafios: o gosto desagradável do Alcarelle.
Fonte: Extra