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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

PT, PCO, PSTU e PTC não assinam compromisso contra disseminação de conteúdos falsos

Quatro dos 35 partidos políticos do país deixaram de assinar um termo de compromisso elaborado no início de junho deste ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater a disseminação de conteúdos falsos na disputa eleitoral deste ano.

Não aderiram ao acordo o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido da Causa Operária (PCO), o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e o Partido Trabalhista Cristão (PTC), informou o TSE.

O termo de compromisso foi idealizado pelo então presidente do TSE, Luiz Fux, e pelo ministro Admar Gonzaga.

No documento, as demais legendas se comprometem a "manter o ambiente de higidez informacional, de sorte a reprovar qualquer prática ou expediente referente à utilização de conteúdo falso no próximo pleito, atuando como agentes colaboradores contra a disseminação de fake news nas eleições de 2018".

Na época, assinaram o termo 28 partidos: Avante, DC, DEM, MDB, PCB, PCdoB, PMN, PR, PSDB, PDT, PHS, Novo, PPL, PP, PPS, PRB, PROS, PRP, PSC, PSD, PSL, PSOL, PSB, PTB, PV, PATRI, Rede e SD. Depois, outros três aderiram: PMB, PRTB e Podemos.

No documento, o TSE lembra que desde o ano passado coordena conselho sobre o impacto da internet nas eleições, com objetivo de combater a desinformação na rede, com políticas de desestímulo à produção e ao compartilhamento de mensagens falsas, enganosas ou fraudulentas.

Leva em conta a manipulação de notícias verificadas em outros países com democracias consolidadas, inclusive com uso de robôs para impulsionar artificial e automaticamente a disseminação de conteúdos falsos; mecanismos que permitem também focar em indivíduos previamente identificados, o que poderia "amesquinhar" a normalidade e legitimidade do pleito, segundo o TSE.

Alvo de conteúdos falsos
Fernando Haddad, candidato do PT, um dos partidos que deixaram de assinar o termo de compromisso do TSE, reclamou nos últimos dias de ter sido alvo de conteúdos falsos.

Nesta quarta-feira (4), Fernando Haddad afirmou que está sendo alvo de uma campanha e pediu aos eleitores que denunciem conteúdos falsos.

Publicações falsas
Na última semana antes do primeiro turno das eleições, o Fato ou Fake, serviço de checagem do Grupo Globo, identificou, desde o fim de semana, 11 publicações falsas de grande repercussão — entre textos, fotos e vídeos, que circularam nas redes sociais e no Whatsapp.

No Facebook, 35 postagens tiveram cerca de 400 mil compartilhamentos e alcançaram milhões de eleitores. Só quatro vídeos publicados na rede social registraram 2,7 milhões de visualizações, segundo reportagem do jornal "O Globo".

Outras parcerias do TSE
Em junho deste ano, o TSE firmou parcerias com as empresas de tecnologia e associações de empresas de comunicação para reforçar o combate aos conteúdos falsos.

Assinaram este outro documento Google, Facebook, Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação de Jornais (ANJ) e Associação Nacional de Editores de Revista (Aner).

O texto do acordo com as mídias sociais leva em consideração “a necessidade de diminuir a possibilidade de replicação de práticas aptas a distorcer a liberdade do voto do eleitorado e a formação de escolhas conscientes por parte dos cidadãos”.

Com isso, as empresas de tecnologia se comprometeram a combater a desinformação com projetos de educação digital e promoção do jornalismo de qualidade.

As associações, por sua vez, se comprometeram a contribuir com produção, pelas empresas do setor, de notícias que permitam ao eleitor checar a veracidade das informações de fontes não confiáveis.

Fonte: G1