Conforme o órgão estadual, a Promotoria de Justiça de Jacobina requereu ainda a manutenção da prisão preventiva de Marcus Machado durante o trâmite processual. O MP pediu também o decreto do sigilo do processo, para preservação da intimidade da vítima.
Marcus está preso no Complexo Policial da cidade de Jacobina. Ele é investigado pela prática de crimes sexuais e, se condenado, pode ser submetido a penas que variam de de 24 a 45 anos de prisão, segundo informou o MP-BA.
A justiça manteve a prisão de Marcus após audiência de custódia realizada na tarde do dia 8 de janeiro. O juiz também decidiu converter a prisão em flagrante do suspeito em prisão preventiva, quando não há prazo para expirar.
Denúncia
Marcus Machado negou à polícia que tenha estuprado a jovem e afirma que a relação sexual foi consensual. Segundo o MP-BA, ele já responde a outro processo pela suspeita de ter cometido o mesmo crime contra uma criança de oito anos. Ainda de acordo com o MP, o crime teria ocorrido no município de Capim Grosso, a cerca de 60 quilômetros de Jacobina, no ano de 2014. O processo corre em segredo de Justiça.
A vítima, que preferiu não se identificar, disse que tinha ido ao banheiro da boate e, quando voltou, não encontrou os amigos. "Eu vi que meus amigos tinham falado com o Marcus, então ele era um conhecido e poderia me ajudar a encontrá-los. E aí eu fui com ele porque, para mim, Marcus não parecia alguém que fosse me machucar", contou a jovem.
"E quando chegou num beco escuro, que eu acreditava que fosse uma saída, ele me empurrou na parede, ele segurou os meus braços e eu só conseguia ficar em choque. Eu só queria que aquilo tudo acabasse", destacou.
Na clínica particular onde foi atendida e examinada, em Senhor do Bonfim, a médica atestou que a jovem chegou à unidade com "rompimento himenal muito forte, com hematomas e fissuras rasas e profundas".
A direção da boate onde o crime ocorreu publicou nota em redes sociais informando que vai colaborar com as investigações da polícia.
Em nota, o MP-BA informou que as apurações realizadas pela Polícia Civil e complementadas pelo Ministério Público Estadual identificaram provas e indícios suficientes de autoria e materialidade delitivas.
Fonte: G1 Bahia / Fotos: Reprodução/ TV São Francisco