Já tem chovido bem entre o Maranhão e o Piauí. Algumas cidades do centro do Maranhão vão fechar janeiro com chuvas acima da média. No entanto, a distribuição irregular dessas pancadas de chuva no Nordeste desfavoreceu a Bahia, principalmente o sul centro e norte do Estado.
Do dia 7 em diante são esperados mais de 150 milímetros em algumas áreas que apresentam apenas 10% de água disponível no solo. A simulação do CPTEC-Inpe já vinha indicando essa tendência desde meados de janeiro e, agora, as simulações feitas pelos centros de meteorologia americanos também passaram a mostrar este novo padrão.
“Olhando as simulações mais estendidas, este novo padrão de distribuição de chuva deverá prosseguir até praticamente o fim de fevereiro”, diz o meteorologista da Somar Celso Oliveira.
Vai chover bastante também em áreas muito secas do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. “As chuvas vão beneficiar as áreas de café conilon”, diz Oliveira. Por consequência, isso implicará em diminuição da chuva no centro e Sul do Brasil neste período.
No norte do Espírito Santo e em boa parte do centro, leste e sul da Bahia, o período de tempo seco já alcança 50 dias. Não chove pelo menos 10 milímetros em 24 horas há 20 dias no sul do Rio Grande do Sul, sul do Espírito Santo e leste e centro de Minas Gerais.
Esta semana será de calor intenso no oeste do Rio Grande do Sul e sudoeste de Mato Grosso do Sul com máximas superiores aos 35°C.
Por outro lado, no sul de Minas Gerais, a combinação de excesso de nuvens e topografia deixará a temperatura máxima mais baixa, em torno dos 25°C. A partir da segunda semana de fevereiro, espera-se diminuição do calor no centro e Norte do Brasil.
Nos próximos dias, a chuva continua concentrada no Centro-Oeste e na região Norte. Os altos volumes têm atrapalhado a colheita e o escoamento da safra de soja 2016/17. No Sudeste, as pancadas voltam a ficar fortes no final das tardes.
Informações Pryscilla Paiva, editora de Tempo do Canal Rural