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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Empresário que aplicou golpes em amigos no Brasil e preso nos EUA por bigamia


O empresário Rafael Miranda Caram, de 32 anos, foragido da Justiça do Rio por suspeita de estelionato e associação criminosa, foi preso nos Estados Unidos na última quinta-feira (14) por estar ilegal no país. A informação foi confirmada ao G1 pelo delegado Aloysio Falcão, da Delegacia de Roubos e Furtos de Autos (DRFA), nesta terça-feira (19).

A permanência ilegal de Caram ocorreu porque quando ele casou nos Estados Unidos, ainda não tinha se divorciado oficialmente no Brasil. Para conseguir um visto nos EUA, se casou com uma cidadã americana que, com medo de se prejudicar e ser presa, pediu a anulação do casamento. Foi a polícia brasileira quem descobriu que Caram estava praticando o crime de bigamia.

Com a anulação do casamento, o processo de migração de Rafael foi cancelado. "A mulher dele lá fora ficou com medo, cancelou o casamento, ele perdeu o visto e foi preso", contou Falcão. A troca de informações entre a Polícia Civil do Rio de Janeiro e as autoridades americanas através da policia do consulado americano no Rio de Janeiro foi fundamental para o desfecho do caso.

No ano passado, a 36ª Vara Criminal expediu mandado de prisão contra Caram pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Segundo a investigação, ele fugiu para Orlando com cerca de R$ 20 milhões (US$ 6,5 milhões), após aplicar um golpe que envolveu pelo menos 50 vítimas, incluindo amigos dele.

De acordo com os investigadores, ele usava sua rede de amigos para atrair dinheiro para supostos fundos de investimentos, dos mais variados – e inexistentes – negócios. No início, depositava o lucro para os investidores, mas, quando o negócio cresceu muito, segundo contaram os amigos, deixou de pagar e foi morar nos Estados Unidos.

Segundo as vítimas, Caram, que morava em condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, recrutava pessoas para aplicar dinheiro e dizia que daria lucro de 16% do valor investido a cada 40 dias. O mínimo a ser investido seria sempre de R$ 50 mil. Com o tempo, no entanto, esses investidores começaram a perceber indícios de que haviam caído num golpe. Um dos investidores, segundo o Portal dos Procurados, teve prejuízo de R$ 300 mil.
Fonte: globo.com

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