O filme também faz parte da seleção do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, um dos mais importantes do país, que também selecionou o mais novo longa do cineasta, Para Minha Amada Morta, ambos para as mostras competitivas principais.
O diretor comemora as seleções, ainda mais no festival internacional, pois isso demonstra a versatilidade e reconhecimento do cinema brasileiro lá fora. "Isso é muito importante para formação da nova cinematografia nacional, principalmente porque os novos realizadores têm feito filmes que vão muito além do tripé fome, favela e violência", comentou o cineasta.
"Para Minha Amada Morta se aproxima muito do thriller, enquanto Tarântula é uma espécie de terror naturalista", define o cineasta, ao falar de como o cinema de gênero tem ganhado adeptos entre os realizadores brasileiros mais jovens. Obras como O Som ao Redor, de Kléber Mendonça Filho, O Lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra, e Quando Eu Era Vivo, de Marco Dutra, são exemplares recentes que se constroem a partir de marcas narrativas próprias de gêneros como o suspense e o filme policial.
Para Minha Amada Morta é o primeiro longa-metragem ficcional de Muritiba. Antes ele já havia realizado o longa A Gente, documentário sobre a rotina de agentes penitenciários em um presídio. O filme faz parte de uma espécie de trilogia que se completa com os curtas Pátio - prêmio principal do Festival É Tudo Verdade - e A Fábrica - que chegou a ser pré-selecionado na disputa pelo Oscar.
Muritiba trouxe para esses filmes sua experiência como agente penitenciário, função que desempenhou por sete anos antes de largar a farda e se dedicar ao cinema. É graduado em História, mas depois seguiu formação em Comunicação e Cinema, já no Paraná, pois saiu da Bahia aos 17 anos.
Fonte atarde.uol.com.br