O objetivo era impedir que os alunos acessassem sites de música e jogos. Cator já sabia programar e decidiu usar seu conhecimento para invadir o sistema. "Pensei que seria engraçado furar o bloqueio montado pela escola", diz o jovem, hoje com 26 anos.
O britânico usou um site que simula a impressão digital de um computador, ao roteá-lo por meio de um servidor remoto, normalmente localizado no exterior, e permitindo ao usuário navegar na internet de modo anônimo e privado. Tais sites franqueiam aos usuários acesso à chamada rede privada virtual (VPN, na sigla em inglês).
Ainda de acordo com a BBC, Cator fez uma dessas redes funcionar e passou a usar os computadores da escola para assistir a seus videoclipes preferidos. Contudo, o britânico não estava satisfeito com a qualidade dos então provedores de VPN, que, segundo ele, não eram fáceis de usar e veiculavam muita propaganda.
Por conta disso, ele decidiu criar a sua própria rede. Em apenas uma tarde ele conseguiu seu objetivo e batizou a nova rede com um nome bem criativo: Hide My Ass (HMA, ou "Esconda o meu traseiro"). "As pessoas ficam fascinadas - depois que você ouve, não consegue esquecê-lo", brinca Cator.
"Fiquei muito surpreso como tudo isso viralizou rápido. Nunca montei um plano de negócios ou nada do gênero. Eu lancei o site inteiro em uma única tarde. Mas se as pessoas acham que é uma boa causa, eles vão compartilhá-lo", relembra o jovem.