Em Conceição do Coité, Valente, Mirangaba e Campo Formoso – com dois polos, por ser o maior produtor da Bahia – os técnicos da empresa selecionaram as áreas de acordo com critérios técnicos, dentre eles, a concentração da produção. Em cada polo serão implantadas vinte áreas, de cinco hectares cada, sendo 2,5 ha de sisalana e 2,5 ha de híbrido.
“Faremos uma comparação de produtividade, qualidade de fibra e rendimento de mucilagem entre as duas variedades”, explicou o engenheiro agrônomo da EBDA, Evandro Luiz Alves Oliveira. Ele também informa que esta é uma etapa de um projeto maior, que consiste na implantação de polos desfibradores de sisal.
De acordo com Evandro Luiz Oliveira, cada convênio tem o valor de R$ 289 mil, dividido em duas parcelas, sendo que a primeira já foi liberada e será utilizada pelas associações, para execução de atividades, como: análise e preparo do solo; instalação de cerca de arame para a proteção da área; aquisição de mudas sadias, insumos, e tratos culturais necessários para conduzir a cultura. Os agricultores contemplados terão assistência técnica da EBDA, durante os três anos de vigência do projeto.
Desfibramento do sisal
O técnico destaca que o agricultor terá um ganho maior, devido ao melhor aproveitamento dos resíduos do desfibramento (mucilagem), transformada em feno. Parte deste feno volta para a propriedade, e o restante poderá ser vendido para pecuaristas, que usam como fonte de alimento para os rebanhos bovino, ovino e caprino.
“A cultura do sisal é de fundamental importância para o agricultor que vive no semiárido baiano. Em algumas localidades, a situação climática é tão desfavorável que a única cultura que se adapta a essas condições é o sisal”, afirmou Evandro Oliveira, que vê na execução do projeto uma alternativa viável para o desenvolvimento da cultura sisaleira na Bahia.
Assimp/EBDA