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domingo, 24 de junho de 2012

Estudo mostra que um terço dos baianos recebe Bolsa Família

 
Almerinda dos Santos tem 61 anos. Todos os dias, deixa sua casa em busca de comida para os seis netos que cria e, se der, para ela própria. Desce 18 degraus, cruza uma viela e sobe mais 90 degraus até o largo da Escola Teodoro Sampaio, em Santa Cruz. A quantidade de degraus é o menor dos problemas de Almerinda. Para comprar comida, ela só conta com R$ 38. Não é para o dia. É para o mês inteiro.

Somos 1,4 milhão de baianos extremamente pobres. Famílias que vivem com menos de R$ 67 (por pessoa) por mês. Como dona Almerinda. Os dados inéditos foram divulgados esta semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e fazem parte do estudo Perfil da Pobreza na Bahia e sua Evolução no Período 2004-2009.

Nos cinco anos, a Bahia avançou. O percentual de  extremamente pobres caiu de 16% para 10%.  A melhoria, porém, não tira do estado a liderança em números absolutos de pobreza extrema - com quase 500 mil pessoas a mais do que o segundo colocado – Pernambuco (926 mil).

O coordenador de Informações do IBGE na Bahia, Joilson Rodrigues, diz que a redução no percentual da pobreza tem duas  razões: a valorização do salário mínimo e a transferência de renda por programas sociais, como o Bolsa Família - que hoje atende mais de um terço da população baiana.

No total, são 5,4 milhões de baianos recebendo o auxílio. “É um número alto, mas necessário já que o Bolsa Família ainda não atende a todos os baianos em situação de pobreza”, acrescenta Pedro Souza, pesquisador do Ipea e um dos autores do estudo. No Brasil, 22% da população é atendida pelo programa.
Fonte: Correio

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