A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (Aplb), Elza Melo, afirma que o movimento é pacífico e classifica a reação dos guardas municipais como um fato "absurdo".
"Foi um episódio terrível. Nós estamos fazendo um movimento pacífico, de luta, e, de repente, chegou aqui uma tropa da Guarda Municipal, que se exaltou, abusou do poder, jogou bomba de gás lacrimogêneo para cima da gente, apontou arma para nós, inclusive para a cabeça de uma professora. Nós condenamos esta arbitrariedade. Isso acontecia na época da Ditadura Militar, quando os trabalhadores se levantavam para brigar pelos seus direitos", acusa a sindicalista.
Elza ressalta ainda que a maior parte dos trabalhadores é formada por mulheres, que chegaram a ser empurradas pelos agentes. "Somos uma categoria formada hegemonicamente por mulheres e fomos tratadas desse jeito, com bombas, empurrões e armas apontadas para nós. A responsabilidade desta truculência é do secretário de Educação Bruno Barral, que não quis dialogar com a gente e se escondeu por trás dos guardas", enfatiza.
Em nota, a prefeitura de Salvador informou que a guarnição da Guarda Civil Municipal foi "hostilizada e agredida por mais de 150 manifestantes da APLB ao tentar garantir o acesso de servidores à sede da Secretaria Municipal de Educação". Ainda segundo o comunicado, o diretor da GCM, Maurício Lima, tentou negociar com um representante do sindicato a sua entrada à Smed, cujos portões estavam acorrentados e trancados com cadeados. "Nesse momento, manifestantes começaram um tumulto impedindo o diálogo e hostilizando a guarnição".
"A situação se agravou, quando os manifestantes acirraram os ânimos, ameaçando a integridade física do diretor da GCM e dos oito guardas, que o acompanhavam. Houve empurra-empurra e arremesso de objetos à guarnição, que reagiu com técnicas de dispersão", completa a nota.
Vídeos abaixo:
Fonte: A Tarde