Além de Érica, o marido dela Roberto Santos Oliveira, a irmã Simone Carpi Brandt e o cunhado, Marlon Brandt, estão presos desde 31 de julho. Na semana passada, a Justiça decretou a prisão preventiva do grupo. De acordo com o delegado da PF, Cristiano Pádua da Silva, a família usou dinheiro público da educação, e principalmente da saúde, para bancar uma vida de luxo, como a construção de uma chácara de luxo na zona rural de Jales.
Imagens de dentro do imóvel mostram que a "Estância Felicidade" conta com área gourmet, móveis e eletrodomésticos de luxo, piscina e palmeiras no jardim. A estimativa da PF é de que a ex-diretora financeira da prefeitura possa ter desviado até R$ 10 milhões das contas públicas em 10 anos. "Difícil encontrar um imóvel no mesmo padrão em Jales. Tudo com recursos públicos. Desviaram um valor absurdo de, em média, R$ 100 mil por mês", afirma o delegado.
Além da prisão da família, a polícia lacrou os comércios, a chácara e apreendeu carros de luxo, sendo que um dos veículos havia sido comprado dias antes. Policiais à paisana flagraram Roberto na concessionária fechando o negócio. Érica recebia salário de R$ 3 mil por mês e, no segundo depoimento, afirmou que os parentes e o marido não sabiam dos desvios.
Entretanto, em uma mensagem flagrada pela polícia no celular do marido, ela aparece afirmando que havia feito um depósito de R$ 22 mil a uma empresa de esquadrias de alumínio. O dinheiro do cheque de 18 de julho era do Fundo Municipal de Saúde.
A ex-secretária de Saúde Maria Aparecida Martins, que teve a prisão temporária revogada, foi exonerada do cargo e não quis falar sobre o assunto. Ela vai responder por peculato culposo porque também assinava os cheques, sendo necessárias duas assinaturas, e não conferiu o destino das verbas, informou a PF.
Fonte: G1