Segundo as investigações, Adriana Leal Borges alegou ter descoberto um caso entre seu marido e a vítima, Ana Vitória Alves, que prestava serviços eventuais em seu restaurante, onde o homicídio foi praticado. Ainda conforme a suspeita, a relação extraconjugal foi descoberta via redes sociais.
De acordo com a delegada Alessandra Maria Castro, responsável pelo caso, Adriana procurou a delegacia na última segunda-feira (2), dois dias após o crime.
Na ocasião, além de admitir a autoria, ela apresentou a arma usada para efetuar os disparos. Como não houve flagrante e ela está colaborando com as investigações, a comerciante foi liberada logo após o depoimento e vai responder em liberdade.
A delegada explicou que uma semana antes do crime, cometido no último sábado (31), a comerciante desconfiou da traição e chegou a questionar o esposo, que negou a relação.
No entanto, posteriormente, a mulher descobriu a suposta traição. Ao mexer em seu computador, viu que Ana Vitória havia deixado sua conta em uma rede social aberta. Lá, segundo a comerciante afirmou em depoimento, encontrou conversas com outras pessoas falando sobre o caso.
Emboscada
Ao ler os relatos, Adriana ligou para Ana Vitória simulando que precisava dela para auxiliá-la em um trabalho. Ela própria a buscou e, quando chegaram ao restaurante, as duas começaram uma discussão.
Durante o entrevero, Adriana pegou a arma e efetuou um tiro que atingiu a cabeça da jovem. Ela morreu no local. O marido de Adriana estava nos fundos do estabelecimento e ouviu o disparo. Ao chegar e ver a esposa com a arma na mão, ele fugiu, acreditando que também poderia ser alvo dela.
No entanto, após crime, a mulher correu para casa, que fica a 500 metros do estabelecimento, pediu que a babá cuidasse do filho do casal, de 2 anos, e fugiu. Dois dias depois, se apresentou de forma espontânea.
Alessandra afirmou que o marido já foi ouvido e, a priori, ele é apenas o pivô do crime, mas não tem participação no mesmo. Outras testemunhas devem ser ouvidas nesta semana.
Adriana deve responder pelo crime de homicídio. A polícia ainda aguarda os laudos para saber se haverá alguma qualificadora. Se condenada, ela pode pegar entre 12 e 30 anos de prisão.