“A gente traçou um plano. Ele estava em uma fazenda. Chegamos lá a cavalo. Ele fugiu para outro lugar, mas acabou capturado por um vaqueiro”, afirmou o sargento Fábio Moreira. O acusado foi amarrado e colocado em um carro descaracterizado da PM e trazido até uma praça em Boca do Córrego. No local, havia centenas de moradores, revoltados, muitos querendo fazer justiça com as próprias mãos.
Mas os dois policiais conseguiram manter a integridade física do preso. Em Santa Maria Eterna, mais de 60 quilômetros após Boca do Córrego, e onde ocorreu o estupro, havia outro grupo de moradores, que interceptou o carro.
A população furou os pneus do veículo, impedindo a passagem. Foi preciso o envio de outras equipes da polícia. Enfim, o preso foi transferido para uma viatura e trazido para a delegacia de Eunápolis. Na delegacia, Rairone alegou que não se lembrava de nada. Ele disse que conhecia a mãe da criança, com quem afirmou que se relacionava há quase dois anos. Segundo ele, antes do crime, estava em um bar, bebendo com a mãe da menina. Também negou que a tenha estuprado duas vezes, como ela contou no domingo. Falou que sobreviveu na floresta por contra própria, sem apoio de ninguém.
O delegado Moisés Damasceno salientou que a pena prevista para estupro de vulnerável, em caso de condenação, varia de oito a 15 anos de prisão. “O importante foi ele chegar ileso aqui. Porque quem deve julgá-lo e condená-lo é a justiça. Há vários indícios que pesam contra ele”, afirmou o delegado. Rairone estava com a prisão preventiva decretada desde a segunda-feira. Ele agora fica custodiado em Eunápolis, à disposição da justiça de Belmonte. A criança segue internada no Hospital Regional, se recuperando bem da delicada cirurgia à qual foi submetida.
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Fonte: Itambé Agora