Um dos políticos chegou a colocar parte de sua equipe, paga com dinheiro público, à disposição de uma das garotas de programa. A apuração conta com dezenas de horas de gravações feitas com autorização judicial e investiga a conexão entre agenciadores do DF e do Sul do país. O cafetão, de Porto Alegre, costuma utilizar as garotas de programa como uma espécie de “cartão de visita” para se aproximar dos políticos.
Em duas interceptações telefônicas, os investigadores flagraram o agenciador conversando com dois deputados federais (um de São Paulo e outro do Rio de Janeiro) e um senador (eleito pela Região Norte).
O integrante do Senado demonstra bastante intimidade com o cafetão e a prostituta, que chega a trocar algumas palavras com o político pelo telefone. Durante a conversa com a garota de programa, o senador coloca seu gabinete à disposição para ajudá-la no que for preciso até que ela se estabeleça na cidade. A mulher agradece e diz que pretende fazer faculdade no DF e se firmar. O político insiste em encontrá-la assim que ela desembarcar em Brasília.
Os nomes dos parlamentares estão sendo mantidos em sigilo pela polícia para não atrapalhar a investigação. Os agentes destacam que eles não eram alvo das gravações, mas sim o cafetão. E causou surpresa o conteúdo das conversas. Como os senadores e deputados têm foro privilegiado, será necessária autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para investigá-los.
Fonte: Metrópole