Segundo o Sindicato das Empresas de Internet do Estado da Bahia (Seinesba), a Coelba estabeleceu novos critérios para o cabeamento nos postes, que deve ser seguido pelos provedores em um prazo de 30 dias, tempo que o sindicato considera curto. “Esperamos resolver por definitivo essa questão. Vamos mostrar para a Coelba o interesse do setor em legalizar o compartilhamento e com isso esperamos da companhia de energia um retorno através de um termo de ajuste de conduta onde essa questão seja de uma vez por todas, resolvida”, afirma André Costa, presidente do Seinesba.
Entenda o impasse
O fornecimento da internet a cabo pode ser suspenso por 24 horas em toda a Bahia, a depender do resultado de uma reunião que vai ser realizada em Salvador, na segunda-feira(12), entre representantes de empresas provedoras que prestam esse serviço e a Companhia de Energia Elétrica do Estado da Bahia(Coelba), à qual os empresários alugam espaços nos postes.
O conflito entre Coelba, Prefeitura de Salvador e provedores de internet é antigo e também atinge empresas que ainda trabalham com telefone fixo via cabo. O compartilhamento dos postes fugiu ao controle da empresa de energia elétrica e acabou provocando situações complicadas e brigas, havendo até ameaças de morte quando a prefeitura de Salvador interveio, no ano passado, por questões estéticas.
A reportagem vem acompanhando a situação e mostrando que, em muitos locais, há excesso de cabos e fios pendurados, o que prova, além de danos estéticos, riscos para a população. A Agência Nacional de Energia Elétrica(Aneel) permite o compartilhamento dos postes instalados por empresas concessionárias de energia, como no caso da Coelba, mas há limites que não estão sendo cumpridos há muitos anos. Um dos principais problemas encontrados por quase toda a cidade, são cabos e fios abandonados por sistemas antigos e em desuso e que não são retirados pelas empresas.
Dos 158 mil postes que existem na cidade, 130 mil são de responsabilidade da Coelba e compartilhados por provedores de internet a cabo. O compartilhamento custa R$ 6, em cada um dos postes, mas em muitos locais da cidade, há um grande emaranhado de fios e só os técnicos conseguem identificar a função de cada um. Existem casos, de acordo com provedores, em que que empresas sem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações(Anatel), estão fazendo uso dos postos e piorando ainda mais a situação. O grande problema dos provedores e donos de empresas que distribuem o sinal da internet em toda a Bahia é conseguir um acordo com a Coelba e com a Prefeitura de Salvador para regularizar e corrigir os problemas, sem prejuízos.
A questão é tão grave que desde o começo da semana passada, várias entidades estão discutindo o assunto em Salvador, São Paulo e Brasília para chegar um acordo e evitar que a Coelba siga com a política de arrancar os cabos provocando interupção do sinal da internet e prejudicando os usuários. A última reunião foi na sexta-feira(9), em Brasília, quando houve tentativa de acordo para a questão dos preços cobrados e que são controlados pela Anatel e também para evitar que haja o corte. O presidente da agência reguladora federal, Juarez Quadros, ouviu as reivindicações. Para a segunda-feira, ficou marcada nova reunião, agora aqui em Salvador, a partir das 15h, com diretores da Coelba. O presidente do Sindicato das Empresas de Internet do Estado da Bahia(Senesba), André Costa, alerta que a questão precisa ser resolvida o mais breve possível, sob pena do serviço continuar a ser prejudicado.
André diz que não há nenhuma intenção de radicalizar com ações, mas diz que, caso a reunião de segunda-feira não consiga meios para fazer a Coelba parar com os cortes, pode “suspender o serviço pelo menos por 24 horas em toda a Bahia”, enfatiza André. “Os provedores vão ajudar a Coelba no reordenamento do serviço e esse é um dos compromissos que assumir”, diz André. “Mas é preciso que a empresa pare de penalizar com o corte dos serviços que é feito não apenas em Salvador como no interior do estado, provocando prejuízos para empresas, órgãos públicos e, principalmente, para o consumidor final”, completa o empresário.
Problemas
Essa tentativa de resolver a questão do compartilhamento, já provocou situações complicadas até para dirigentes públicos. Conforme a reportagem denunciou em março do ano passado, uma mensagem de texto ameaçou de morte o diretor de Iluminação da Secretaria Municipal de Ordem Pública(Semop), Bruno Barral, que registrou ocorrência e pediu providências à polícia. As ameaçadas começaram depois que Bruno Barral descobriu alguns cabos e fios caídos sobre a calçada, entre dois postes, na Rua Dr.Oswaldo Ribeiro, esquina com a Adhemar de Barros, no bairro de Ondina. Bruno explicou que os fios e cabos da rede de telefone celular e internet eram uma ameaça à integridade física de pessoas que usam a calçada movimentada do bairro. Em novembro do mesmo ano, os provedores tiveram que fazer reunião urgente em Salvador, depois que a Coelba começou a tirar caixas de equipamentos colocadas em postes. Essas caixas, de acordo com os técnicos, são terminais imprescindíveis para a distribuição das redes de internet e outros serviços prestados aos usuários. A retirada, interrompe os serviços.
Fonte: A Tarde / Agora na Bahia
Entenda o impasse
O fornecimento da internet a cabo pode ser suspenso por 24 horas em toda a Bahia, a depender do resultado de uma reunião que vai ser realizada em Salvador, na segunda-feira(12), entre representantes de empresas provedoras que prestam esse serviço e a Companhia de Energia Elétrica do Estado da Bahia(Coelba), à qual os empresários alugam espaços nos postes.
O conflito entre Coelba, Prefeitura de Salvador e provedores de internet é antigo e também atinge empresas que ainda trabalham com telefone fixo via cabo. O compartilhamento dos postes fugiu ao controle da empresa de energia elétrica e acabou provocando situações complicadas e brigas, havendo até ameaças de morte quando a prefeitura de Salvador interveio, no ano passado, por questões estéticas.
A reportagem vem acompanhando a situação e mostrando que, em muitos locais, há excesso de cabos e fios pendurados, o que prova, além de danos estéticos, riscos para a população. A Agência Nacional de Energia Elétrica(Aneel) permite o compartilhamento dos postes instalados por empresas concessionárias de energia, como no caso da Coelba, mas há limites que não estão sendo cumpridos há muitos anos. Um dos principais problemas encontrados por quase toda a cidade, são cabos e fios abandonados por sistemas antigos e em desuso e que não são retirados pelas empresas.
Dos 158 mil postes que existem na cidade, 130 mil são de responsabilidade da Coelba e compartilhados por provedores de internet a cabo. O compartilhamento custa R$ 6, em cada um dos postes, mas em muitos locais da cidade, há um grande emaranhado de fios e só os técnicos conseguem identificar a função de cada um. Existem casos, de acordo com provedores, em que que empresas sem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações(Anatel), estão fazendo uso dos postos e piorando ainda mais a situação. O grande problema dos provedores e donos de empresas que distribuem o sinal da internet em toda a Bahia é conseguir um acordo com a Coelba e com a Prefeitura de Salvador para regularizar e corrigir os problemas, sem prejuízos.
A questão é tão grave que desde o começo da semana passada, várias entidades estão discutindo o assunto em Salvador, São Paulo e Brasília para chegar um acordo e evitar que a Coelba siga com a política de arrancar os cabos provocando interupção do sinal da internet e prejudicando os usuários. A última reunião foi na sexta-feira(9), em Brasília, quando houve tentativa de acordo para a questão dos preços cobrados e que são controlados pela Anatel e também para evitar que haja o corte. O presidente da agência reguladora federal, Juarez Quadros, ouviu as reivindicações. Para a segunda-feira, ficou marcada nova reunião, agora aqui em Salvador, a partir das 15h, com diretores da Coelba. O presidente do Sindicato das Empresas de Internet do Estado da Bahia(Senesba), André Costa, alerta que a questão precisa ser resolvida o mais breve possível, sob pena do serviço continuar a ser prejudicado.
André diz que não há nenhuma intenção de radicalizar com ações, mas diz que, caso a reunião de segunda-feira não consiga meios para fazer a Coelba parar com os cortes, pode “suspender o serviço pelo menos por 24 horas em toda a Bahia”, enfatiza André. “Os provedores vão ajudar a Coelba no reordenamento do serviço e esse é um dos compromissos que assumir”, diz André. “Mas é preciso que a empresa pare de penalizar com o corte dos serviços que é feito não apenas em Salvador como no interior do estado, provocando prejuízos para empresas, órgãos públicos e, principalmente, para o consumidor final”, completa o empresário.
Problemas
Essa tentativa de resolver a questão do compartilhamento, já provocou situações complicadas até para dirigentes públicos. Conforme a reportagem denunciou em março do ano passado, uma mensagem de texto ameaçou de morte o diretor de Iluminação da Secretaria Municipal de Ordem Pública(Semop), Bruno Barral, que registrou ocorrência e pediu providências à polícia. As ameaçadas começaram depois que Bruno Barral descobriu alguns cabos e fios caídos sobre a calçada, entre dois postes, na Rua Dr.Oswaldo Ribeiro, esquina com a Adhemar de Barros, no bairro de Ondina. Bruno explicou que os fios e cabos da rede de telefone celular e internet eram uma ameaça à integridade física de pessoas que usam a calçada movimentada do bairro. Em novembro do mesmo ano, os provedores tiveram que fazer reunião urgente em Salvador, depois que a Coelba começou a tirar caixas de equipamentos colocadas em postes. Essas caixas, de acordo com os técnicos, são terminais imprescindíveis para a distribuição das redes de internet e outros serviços prestados aos usuários. A retirada, interrompe os serviços.
Fonte: A Tarde / Agora na Bahia