O governo de Minas anunciou um estado de emergência em 152 cidades. O governador Fernando Pimentel lançou um projeto de vacinação de R$ 26 milhões para contra-atacar a doença. As vacinas serão administradas sete dias por semana. O mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e o vírus da Zika, também transmite a febre amarela; a população de mosquitos aumenta durante os meses de verão, devido à intensa chuva.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem um estoque suficiente da vacina em caso de um surto em todo o país. Nesta semana, o governo federal enviou 750 mil vacinas para Minas Gerais. A vacina contra a febre amarela é fornecida gratuitamente ao público brasileiro em postos médicos governamentais e aeroportos internacionais do país.
A Tragédia de Mariana
Os biólogos salientaram que o surto de febre-amarela pode ter uma ligação com a tragédia de Mariana em 2015. O colapso de uma represa de barra de ferro derramou o equivalente a 21 mil piscinas de lama de tamanho olímpico. Destruiu cidades inteiras e resultou em 19 mortes. Ele também devastou o Rio Doce.
Milhares de animais morreram e, assumindo que todo o governo tome todas as medidas possíveis, levará mais de uma década para reverter os danos. Foi o pior desastre ambiental da história brasileira. "Tais eventos podem alterar completamente um ecossistema, tornando os animais mais susceptíveis de serem infectados", disse a bióloga Márcia Chame ao jornal Estado de Minas.
Além de casos de infecções humanas, as autoridades de saúde registraram casos de macacos que morreram de febre amarela.
Fonte: Blasting News