Em entrevista à reportagem, a prefeitura informou que aguarda apenas o sistema de abastecimento de água ser concluído para que as casas sejam entregues. A Caixa ainda não informou prazo para entrega.Enquanto aguardam a entrega dos imóveis, os desabrigados estão em casas alugadas pela prefeitura ou morando com familiares. No final de 2014, um conjunto habitacional foi inaugurado e contemplou alguns desabrigados. O projeto de construção foi anterior à tragédia e a prioridade das doações passou a ser das famílias que perderam tudo.Três anos da tragédia, Arlinda Pereira, que perdeu a casa na enchente, lembra com tristeza da perda da filha Carolina Almeida, que na época tinha 11 anos. "Hoje eu estava pensando. Se Carol estivesse aqui, hoje estava com 14 anos, já mocinha, me ajudando em casa. Estaria feliz. Eu era feliz e não sabia não. Na humildade que era casa da minha mãe, na humildade que a gente era lá em casa, da casa cheia. Podia faltar algo, mas estava todo mundo ali presente. Só que agora sempre falta alguma coisa", diz emocionada.
Tragédia
Há três anos, o quinto menor município da Bahia, localizado na região turística da Chapada Diamantina, enfrentou a maior tragédia da sua história. Na noite de 7 de dezembro de 2013, os 4.500 habitantes da pequena Lajedinho foram surpreendidos por um temporal arrasador.O canal que corta a cidade não suportou a força da natureza, transbordou e alagou parte baixa do município. A enxurrada decorrente da chuva provocou a morte de 17 pessoas - dentre idosos, adultos e crianças -, e deixou 600 moradores desabrigados. A tragédia chamou a atenção do país para as perdas e prejuízos que tomaram conta da região.
Fonte: Voz da Bahia