Com a justificativa de recuperar o jumento como um ator importante na economia local, um promotor do Rio Grande do Norte vem incentivando a população a dar um outro destino ao animal.
A ideia de Silvio Brito, promotor na cidade de Martins (a 380 km de Natal), é que o animal, outrora utilizado como meio de transporte, vire fonte de alimento –especialmente para churrascos. O leite de jumenta e seus derivados também seriam aproveitados.
Em sua cruzada, o promotor, que disse ter se debruçado sobre o assunto nos últimos anos, chegou a promover um churrasco com carne do animal para autoridades locais e a imprensa.
A solução, diz Brito, surgiu como forma de valorizar o animal que, nas últimas décadas, perdeu utilidade no campo e foi substituído pelas motos. Os animais, desde então, acabam abandonados em estradas e se tornam um risco para motoristas.
A ideia, contudo, vem causando polêmica com defensores dos direitos dos animais. Alguns inclusive chegaram a ameaçar de morte o promotor e sua família, por meio das redes sociais.
Local da polêmica, o Rio Grande do Norte não é o único Estado a levantar essa questão. Conforme a Folha publicou, o governo da Bahia aprovou neste ano o abate de jumentos, mas a Promotoria do Estado barrou o projeto.
FRUSTRAÇÃO
Apesar da resistência, o promotor do Rio Grande do Norte mantém sua posição. "Eu acredito firmemente na potencialidade econômica do jumento." Ele se disse frustrado com "a falta de visão das pessoas sobre o assunto".
No Estado, um grupo de empresários passou a realizar estudos de viabilidade econômica sobre a criação de jumentos, depois de chineses terem demonstrado interesse na importação de 10 mil cabeças por ano. A ideia é consumir carne, leite e ainda aproveitar o couro.
Os problemas são o custo-benefício para quem vende e o risco predatório. Os chineses, dizem, chegaram a oferecer até R$ 900 por cada animal, valor considerado baixo. A proposta lembra a de investidores japoneses entre as décadas de 70 e 80.
A venda ocorria por um frigorífico de Pernambuco, que comercializava com os japoneses por um valor equivalente a R$ 30 por cabeça. A ideia, porém, não vingou.
"Durante alguns anos, centenas de caminhões saíram do Ceará, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba com direção a Pernambuco para serem exportados para o Japão. Em uma década, a população de jumentos foi reduzida em 80%", diz Brito.
Fonte: Folha de S. Paulo
A ideia de Silvio Brito, promotor na cidade de Martins (a 380 km de Natal), é que o animal, outrora utilizado como meio de transporte, vire fonte de alimento –especialmente para churrascos. O leite de jumenta e seus derivados também seriam aproveitados.
Em sua cruzada, o promotor, que disse ter se debruçado sobre o assunto nos últimos anos, chegou a promover um churrasco com carne do animal para autoridades locais e a imprensa.
A solução, diz Brito, surgiu como forma de valorizar o animal que, nas últimas décadas, perdeu utilidade no campo e foi substituído pelas motos. Os animais, desde então, acabam abandonados em estradas e se tornam um risco para motoristas.
A ideia, contudo, vem causando polêmica com defensores dos direitos dos animais. Alguns inclusive chegaram a ameaçar de morte o promotor e sua família, por meio das redes sociais.
Local da polêmica, o Rio Grande do Norte não é o único Estado a levantar essa questão. Conforme a Folha publicou, o governo da Bahia aprovou neste ano o abate de jumentos, mas a Promotoria do Estado barrou o projeto.
FRUSTRAÇÃO
Apesar da resistência, o promotor do Rio Grande do Norte mantém sua posição. "Eu acredito firmemente na potencialidade econômica do jumento." Ele se disse frustrado com "a falta de visão das pessoas sobre o assunto".
No Estado, um grupo de empresários passou a realizar estudos de viabilidade econômica sobre a criação de jumentos, depois de chineses terem demonstrado interesse na importação de 10 mil cabeças por ano. A ideia é consumir carne, leite e ainda aproveitar o couro.
Os problemas são o custo-benefício para quem vende e o risco predatório. Os chineses, dizem, chegaram a oferecer até R$ 900 por cada animal, valor considerado baixo. A proposta lembra a de investidores japoneses entre as décadas de 70 e 80.
A venda ocorria por um frigorífico de Pernambuco, que comercializava com os japoneses por um valor equivalente a R$ 30 por cabeça. A ideia, porém, não vingou.
"Durante alguns anos, centenas de caminhões saíram do Ceará, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba com direção a Pernambuco para serem exportados para o Japão. Em uma década, a população de jumentos foi reduzida em 80%", diz Brito.
Fonte: Folha de S. Paulo