A Polícia Federal (PF) em Pernambuco abriu inquérito sobre os casos, também nesta segunda, após o agropecuarista José Maria Rangel Júnior procurar a entidade com cédulas de dólar que têm o mesmo número de série das que foram compradas pela família da estudante Amanda Parris, primeira a relatar o fato, na semana passada. Já o contador Flávio Amâncio passou por apuros em Nova York, este mês, quando uma funcionária de uma loja percebeu que as cédulas com que ele tentava pagar a conta eram falsificadas. O casal Eduardo e Kátia Nóbrega, que esteve em Miami durante oito dias, também este mês, descobriu que o dinheiro comprado era falso na hora de pagar a conta de um restaurante, no primeiro dia da viagem.
"Abrimos inquérito para saber de onde vêm e quem tentou colocar essas cédulas no comércio. A partir de agora, vamos periciar o dinheiro e também, se for o caso, procurar as autoridades norte-americanas. O crime [pelo qual os suspeitos serão acusados] é o uso de notas falsas, mas varia de acordo com a quantidade de participação dos envolvidos", disse Marcello Diniz, superintendente da PF em Pernambuco.
"O Banco do Brasil esclarece que, tão logo detectadas as ocorrências, iniciou a apuração dos fatos e adotou as medidas de segurança necessárias. Além disso, já fez contato com todos os clientes que fizeram operações de câmbio nas quais poderiam ter sido utilizadas cédulas do lote envolvido, e prestou as devidas orientações. Dentre os clientes contatados, o BB já confirmou que seis, de fato, adquiriram notas falsas. Há mais 13 operações que ainda estão sob verificação", diz nota oficial do banco.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, o lote de cédulas foi identificado e isolado. "Trata-se de caso pontual. O BB reafirma que não existe risco para demais clientes que realizaram, ou venham a realizar operações de câmbio em Recife e demais praças".
Nesta segunda, o serviço de câmbio da agência do Recife Antigo ficou suspenso durante boa parte do dia, tendo sido normalizado no fim da tarde. "As atividades de câmbio na agência da avenida Rio Branco, em Recife, foram retomadas às 15 horas, após suspensão para verificação de procedimentos", conclui a mesma nota.
Apesar do posicionamento oficial do Banco do Brasil, a estudante Amanda Parris afirma que continua sem apoio oficial para provar às autoridades do estado do Texas que ela não sabia que as cédulas eram falsificadas. “O advogado que está representando o Banco do Brasil até agora só me liga e fala que estão vendo, mas não tenho nada oficial deles. O tempo está passando e isso está me irritando cada vez mais”, disse ela ao G1, nesta segunda.
G1