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domingo, 16 de julho de 2017

Homem negro é barrado em bar de Curitiba por estar 'parecendo segurança'

Um homem negro publicou uma carta aberta em seu perfil no Facebook para denunciar um caso de preconceito sofrido por ele em uma boate de Curitiba. Juliano Trevisan, de 27 anos, conta que foi barrado no James Bar na última quinta-feira (13) por não estar com "roupas adequadas". "Fui abordado por um dos seguranças que me chamou para conversar com um funcionário de cargo relevante na balada. No que cheguei, o funcionário me olhou dos pés a cabeça e informou que, pelo meu estilo, com 'a roupa que estava usando eu não poderia entrar'", escreveu. Trevisan usava camisa manga curta preta, calça social, sapato marrom e gravata preta. "Na hora a situação me chocou tanto, que fiquei bobo. Não quis discutir, não quis 'acabar com minha noite e de meus amigos', então simplesmente falei que iria embora", acrescentou. No entanto, o advogado e militante afirmou que "caiu a ficha" de que ele havia sido vítima de preconceito apenas quando ele entrou no carro. "Ainda fico chocado sem ação. Me sinto humilhado, olhei mil vezes minha roupa até entender que o problema não é minha roupa, não é meu estilo", pontuou ao relatar que várias pessoas frequentam a casa noturna de camisa e gravata e não são barradas. "A verdade mesmo é que, por mais que estivesse parecendo com segurança da casa, isto não justifica barrar entrar no local", acrescentou. Até o momento, a publicação de Trevisan teve mais de 7,5 mil curtidas e 1.080 compartilhamentos. Em sua página no Facebook, o James Bar publicou uma retratação pública na qual os responsáveis dizem estar "muito chateados e envergonhados". "Aprendemos muito com isso e estamos trabalhando para sempre oferecer um local seguro e justo, com a descontração de sempre. Que seja um lugar onde vocês se sintam à vontade para expressar a essência de cada um: tudo com base no respeito, na diversidade e na tolerância", diz um trecho da nota.
Fonte: Bahia Notícias