' ANGICO NO AR: MG vive emergência contra a febre amarela com 38 mortes e 133 casos suspeitos />

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

MG vive emergência contra a febre amarela com 38 mortes e 133 casos suspeitos

Nas últimas duas semanas, o sudeste do estado de Minas Gerais (MG) tem lidado com um grande surto de febre-amarela. O Ministério da Saúde do Brasil suspeita que a doença já tenha causado cerca de 38 mortes desde 1º de janeiro. Entretanto, há outros 133 casos suspeitos de infecção de febre amarela na região, com 20 considerados prováveis da doença. Em relação aos óbitos, foram notificados 38, com 10 destes tendo a febre amarela como provável causa da morte.

O governo de Minas anunciou um estado de emergência em 152 cidades. O governador Fernando Pimentel lançou um projeto de vacinação de R$ 26 milhões para contra-atacar a doença. As vacinas serão administradas sete dias por semana. O mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e o vírus da Zika, também transmite a febre amarela; a população de mosquitos aumenta durante os meses de verão, devido à intensa chuva.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem um estoque suficiente da vacina em caso de um surto em todo o país. Nesta semana, o governo federal enviou 750 mil vacinas para Minas Gerais. A vacina contra a febre amarela é fornecida gratuitamente ao público brasileiro em postos médicos governamentais e aeroportos internacionais do país.

A Tragédia de Mariana

Os biólogos salientaram que o surto de febre-amarela pode ter uma ligação com a tragédia de Mariana em 2015. O colapso de uma represa de barra de ferro derramou o equivalente a 21 mil piscinas de lama de tamanho olímpico. Destruiu cidades inteiras e resultou em 19 mortes. Ele também devastou o Rio Doce.

Milhares de animais morreram e, assumindo que todo o governo tome todas as medidas possíveis, levará mais de uma década para reverter os danos. Foi o pior desastre ambiental da história brasileira. "Tais eventos podem alterar completamente um ecossistema, tornando os animais mais susceptíveis de serem infectados", disse a bióloga Márcia Chame ao jornal Estado de Minas.

Além de casos de infecções humanas, as autoridades de saúde registraram casos de macacos que morreram de febre amarela.
Fonte: Blasting News