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sábado, 28 de janeiro de 2017

Acusada de trancar a casa com 3 cadeados e tocar fogo com bebê dentro, diz que não se arrepende

A mulher acusada de incendiar uma casa matando um bebê de um ano de idade na noite da quinta-feira(26), no bairro de Paripe, em Salvador, disse que não está arrependida e que não sabia que a criança estava em casa quando colocou fogo sobre o colchão. Mãe de 14 filhos, Ana Cristina Menezes Lima, de 48 anos, já cumpriu pena por outro homicídio, cometido em 2009, também aqui em Salvador. Em entrevista gravada, ela fez silêncio em alguns momentos, mas respondeu a muitas outras questões que envolvem a vida dela, a relação com a mãe do bebê e com os próprios filhos.

A delegada Pilly Dantas, da Delegacia de Homicídios, apresentou todos os detalhes sobre o crime que chocou os moradores da rua Divineia, no começo da noite da quinta-feira e que teve ampla repercussão. A delegada confirmou que Ana Cristina confessou a autoria do incêndio e também contou detalhes sobre a relação que tinha com a mãe de Gabriel, o bebê que foi vítima da violência.

Segundo a delegada, o depoimento que a suspeita contou à polícia tem algumas contradições mas não há dúvidas sobre a autoria do crime. As contradições estão entre o que ele informou e o que foi dito pela mãe de Gabriel, contando que Ana Cristina tomou à força a criança dos seus braços, quando ela estava na casa do pai dela, que mora nas proximidades.

Daí, ela correu para casa e ficou trancada, não atendendo aos apelos de que deveria abrir a porta. Ao se afastar e voltar para a casa do pai, ela foi alertada de que havia um incêndio e quando correu de volta para resgatar o filho, encontrou a porta fechada e trancada com três cadeados, fazendo com que nem com ajuda de vizinhos ela conseguisse salvar o filho. A mulher que tentou fugir, acabou presa e espancada, sendo salva de linchamento por integrantes da Polícia Militar que foram alertados sobre o crime.

Tudo isso aconteceu após uma briga entre as duas, entre várias que elas tiveram ao longo dos cinco anos de relacionamento. Ainda segundo depoimento de Maraísa dos Santos Rosário, 31 anos, mãe do bebê, ela mostrou à companheira Ana Cristina, a cópia de uma queixa que havia prestado na Delegacia da Mulher, por causa de agressões sofridas.

“Ao mostrar a certidão da queixa, Ana Cristina tomou dela esse papel e o rasgou, fazendo novas ameaças, inclusive de morte”, disse a delegada Pilly. A confirmação de que houve esse registro ainda não foi feito pela DHPP.

O #AgoraNaBahia acompanhou a apresentação de Ana Cristina, depois que ela foi ouvida e indiciada por homicídio qualificado. A apresentação foi na sala de imprensa da Delegacia de Homicídios, na Pituba e onde a acusada deu várias entrevistas a emissoras de TV, rádios e jornais.

Além da delegada que vai presidir o inquérito e já definiu por inidiciar Ana Cristina por homicídio qualificado, estavam presentes o comandante da 18ª Companhia Independente da Polícia Militar, Capital Cledson Santos e o Tenente do Corpo de Bombeiros, André Matos que ao chegar à casa ontem à noite, disse ter tido dificuldade em encontrar o corpo da criança em meio aos escombros. “O corpo estava totalmente carbonizado”, disse ele.